O FBI apresentou ontem uma acusação formal na Justiça em que diz que agentes do governo do venezuelano Hugo Chávez conspiraram para ocultar na Argentina e na Venezuela a mala com quase US$ 800 mil, apreendida no ano passado no Aeroparque, em Buenos Aires, e que o dinheiro estava destinado à campanha eleitoral da atual presidente Cristina Kirchner.
As autoridades norte-americanas prenderam três venezuelanos e um uruguaio sob acusação de serem agentes do governo da Venezuela. Os quatro foram presos na noite de terça-feira e podem pegar 10 anos de prisão e multa de US$ 250 mil, afirmaram promotores norte-americanos em nota na quarta-feira.
A Venezuela classificou as prisões como campanha de Washington para destruir suas relações com a Argentina. O escândalo veio à tona em agosto, quando agentes alfandegários argentinos confiscaram US$ 800 mil em dinheiro encontrados na mala do empresário venezuelano-americano Guido Antonini Wilson, que chegava a um aeroporto em Buenos Aires.
Antonini, que vive na Flórida, viajava com autoridades governamentais da Argentina em um vôo charter do governo argentino. De acordo com um documento do FBI, depois que Antonini abandonou o dinheiro e retornou à Flórida, agentes venezuelanos tiveram uma série de reuniões com ele para pressioná-lo a esconder que o governo da Venezuela seria a fonte dos fundos.
Os promotores disseram que os venezuelanos estariam “operando ilegalmente no sul da Flórida como agentes de governos estrangeiros”. Moisés Maionica, 36 anos, Rodolfo Edgardo Wanseele Paciello, 40, Franklin Durán, 40, e Carlos Kauffmann, 35, foram detidos. Outro homem, Antonio José Canchica Gómez, 37, também foi acusado, mas está foragido.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, publicamente apoiou a campanha da nova presidente argentina, Cristina Kirchner, que tomou posse na segunda-feira. Autoridades do governo em Buenos Aires não comentaram o incidente.
Com agências internacionais
Redação Terra