Mato Grosso já tem dois casos de ferrugem asiática confirmados: Um no município de Sinop, norte de Cuiabá, e outro no município de Primavera do Leste, centro-sul do Estado. A informação é da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT).
De acordo com a engenheira agrônoma da Aprosoja/MT, Rita Maria Dantas, estes dois casos foram detectados através da análise das folhas de soja, feita em minilaboratórios e posteriormente foram encaminhadas ao laboratório credenciado de cada região que emitiu o laudo oficial da confirmação.
Os dois casos foram confirmados e devem entrar no mapa de sistema de alerta da Aprosoja, como explica a engenheira agrônoma, lembrando que o caso de ferrugem detectado em Sinop poderia ter sido confirmando ainda no dia de sua descoberta, ou seja, na quarta-feira (03), caso a empresa de transporte terrestre não tivesse atrasado o envio da amostra para o laboratório credenciado que fica na cidade de Lucas do Rio Verde. “Infelizmente, houve um atraso na confirmação deste foco de ferrugem porque a amostra acabou ficando no escritório da empresa”, lamenta.
MAIS CASOS – Além dos focos oficiais de ferrugem detectados e confirmados por exames nos laboratórios credenciados, há ainda mais um foco no município de Matupá (695 quilômetros ao norte de Cuiabá). As amostras que já foram previamente analisadas pelo engenheiro agrônomo responsável pelo minilaboratório da Aprosoja/MT, localizado em Sinop, e apresentaram fortes evidencias da doença que, será oficialmente confirmada no laboratório especializado. Em Sorriso (460 quilômetros ao médio norte de Cuiabá), um agricultor entrou em contato com a Associação para informar que também detectou a doença em suas lavouras e que já iniciou o processo de aplicação de fungicida curativo. Mas, neste caso, nenhuma amostra foi encaminhada à análise.
Com a detecção da ferrugem asiática nas lavouras de soja da região, o monitoramento e os cuidados com a lavoura devem aumentar. “A partir de agora, a ferrugem vai começar a se disseminar pela região”, alerta a engenheira agrônoma Rita Maria Dantas, lembrando que o momento requer maior atenção no monitoramento das áreas em que já foram feitas aplicações preventivas, uma vez que nestas áreas o residual já está vencendo, deixando a plantação mais suscetível ao aparecimento da doença.
DC