Até 02 de julho, pelo calendário eleitoral, ambos não poderão fazer campanha “explicitamente”. Dilma deverá seguir o presidente Lula em inaugurações e eventos públicos para reforçar sua imagem. Serra também deverá participar de inaugurações do governo de São Paulo, que passará a ser chefiado por Alberto Goldman. Até o início da campanha, os dois também terão uma maratona que passa pela montagem de palanques estaduais e da escolha de seus vices, procedimentos que dão solidez, abrangência nacional, capacidade de arrecadação e mais tempo no horário eleitoral gratuito de rádio e TV.
A petista inicia a campanha sob a alcunha de “mãe do PAC”, o Programa de Aceleração do Crescimento. Embora haja atrasos na execução das obras, ela será identificada como a principal executora do governo Lula. Além disso, são atribuídas a ela o sucesso de programas como o Luz para Todos. Mas Dilma também tem em sua trajetória no governo episódios controversos, como a suposta participação na confecção de um dossiê sobre os gastos de cartões corporativos na gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Serra pretende usar símbolos do governo, como a expansão do metrô, a construção do Rodoanel e a gestão em áreas sociais, como na saúde e na educação. A oposição, porém, diz que concretamente o ex-governador subiu os gastos com publicidade e diminuiu em outras áreas.
Ex-militantes de esquerda, ambos perseguidos pelo regime militar, Dilma e Serra são até o momento protagonistas desta eleição, segundo os institutos de pesquisa.
IG/SP