Defesa de investigados nos inquéritos das fake news e milícias digitais dizem que o ministro nega acesso total aos processos
Investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, ambos abertos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), através de seus advogados, reclamam que não tiveram acesso às acusações que pesam contra eles.
Os profissionais de Direito recorreram à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que enviou um ofício ao ministro pedindo que os advogados tenham acesso integral aos autos processuais.
Dez seccionais da OAB se envolveram neste caso apontando violações de prerrogativas profissionais de advogados que não tiveram acesso aos documentos dos processos aos quais seus clientes são investigados.
No despacho em resposta à OAB, Moraes disse que todos os defensores têm “acesso amplo” aos elementos de prova já documentados contra os seus clientes, mas eles negam.
O advogado Emerson Grigollette, que representa o youtuber Bernardo Küster, disse que seu cliente só ficou sabendo que era investigado na ação quando sofreu busca e apreensão de seus aparelhos.
Ele afirmou também à imprensa, que até o momento não teve acesso integral aos autos. Moraes, diz ele, libera apenas partes do processo com a paginação incompleta.
Diante disto, o advogado pede que o Conselho Federal da OAB acompanhe o caso pessoalmente para entender o que está acontecendo.