Os internautas brasileiros provaram que estão atentos à devastação da Amazônia. Em 10 dias, mais de 200 mil usuários instalaram o mapa interativo do Globo Amazônia e fizeram mais de 10 milhões de protestos contra queimadas e desmatamentos. O mapa mostra em tempo real os pontos de destruição da floresta captados pelos sistemas de monitoramento por satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os mais precisos disponíveis.
Nesses 10 dias, os cliques dos internautas já se transformaram em muitas notícias. O repórter Caco Barcellos, baseando-se nos pontos em que mais houve protestos, sobrevoou o sul do Pará e o norte do Mato Grosso, mostrando o fogo que consome as matas. Parte da reportagem foi mostrada no Fantástico do último domingo (14), e a continuação será exibida nesta terça-feira (16), no Profissão Repórter.
Informações enviadas por leitores também já renderam matérias. A policial e internauta Rosana Mendes, por exemplo, enviou fotos e relatos de um resgate de seis tartarugas no rio Guaporé. Uma sugestão do usuário Mário César Castilhos também acabou em uma notícia sobre a relação entre o consumo de carne e o desmatamento da Amazônia.
Dúvidas dos leitores também foram respondidas. Nas mais de 60 comunidades virtuais criadas para proteger a floresta, todos se perguntavam por que o Pará concentrava tanta destruição. Para encontrar a resposta, o Globo Amazônia entrevistou o especialista Sérgio Leitão, que é membro da ONG Greenpeace.
Problemas graves, como as “terras de ninguém”, que geram uma corrida pelo desmatamento na Amazônia, a depredação de sítios arqueológicos de mais de 11 mil anos e ameaças a ambientalistas também foram denunciados no portal.
E os usuários não deixaram de ser ouvidos. O técnico em segurança do trabalho Lúcio Mário da Silva, que lidera há uma semana o ranking de protestos, contou suas histórias de ambientalista radical e explicou por que defende de forma fervorosa o fim das queimadas e desmatamentos.
G1