Não será desta vez que Ronaldo voltará ao time do Corinthians. O técnico Adilson Batista comunicou nesta sexta-feira, após o treinamento no Parque São Jorge, que o Fenômeno não viajará com a delegação para Florianópolis, onde o Alvinegro enfrenta o Avaí, domingo, às 16h, na Ressacada, pelo Campeonato Brasileiro.
O treinador entende que, apesar de estar recuperado de uma lesão na panturrilha direita, o camisa 9 precisa de mais tempo para melhorar o condicionamento físico. Em conversa com o jogador, antes da atividade desta sexta, Adilson Batista definiu uma data para que o craque volte a atuar: dia 29 de agosto, contra o Vitória, no Pacaembu.
– O Ronaldo não joga. Conversei com ele pela manhã. Vi uma dedicação nessas três semanas, mas ele ainda está aquém daquilo que nós achamos ideal para suportar o jogo. Ele ficou três meses sem jogar. Temos que tomar cuidado, ter calma para não expor oa atleta. Ele tem que jogar em uma condição que vai nos ajudar. Vi uma dedicação, mas, infelizmente, ele não está apto para suportar 45 minutos. Vamos ajudá-lo e cobrar para que contra o Vitória ele consiga suportar parte do jogo – explicou o comandante.
Ronaldo está fora de combate desde o dia 9 de maio, quando foi autor de um dos gols da vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, pela primeira rodada do Brasileirão. A comissão técnica, na época ainda comandada por Mano Menezes, tinha como ideia escalá-lo no reinício do torneio após a Copa do Mundo. Entretanto, o Fenômeno não se recuperou, ganhou ainda mais peso e virou um problema para o corpo clínico.
Na última quinta-feira, no Parque São Jorge, Ronaldo participou de um jogo-treino contra a equipe sub-18. O “teste” evidenciou o problema físico. Bastante acima do peso, o centroavante teve dificuldades para se movimentar e virou uma presa fácil para os garotos na marcação. Apesar da condição ruim, Adilson Batista garante que o jogador está empenhado em retornar ao futebol em alto nível.
– Nessa idade não é questão de comprometimento. Ele é profissional. São três meses ausente. Temos que relevar algumas situações. O trabalho nessas três semanas foi com muita bola. Ele participou, tem se esforçado, mas são três meses sem jogar. Para quem passou dos 30 tem que ter cuidado. Eu vejo que ele quer, mas ainda está em uma condição aquém do que imaginávamos. Vamos intensifcar, cobrar e pensar lá na frente. Trabalhar para não expor o atleta. A responsabilidade é nossa. Temos que tomar cuidado – completou.