Subiu para 57 o número de mortos e a 123 o número de feridos por um atentado terrorista nesta terça-feira (17) no Iraque, onde um homem-bomba se explodiu diante de um centro de recrutamento do Exército iraquiano na capital, Bagdá, disseram autoridades.
O atentado foi o mais mortífero em semanas, num momento em que as tensões políticas estão aumentando no país em razão da falta de acordo para formação do governo –cinco meses após as eleições parlamentares– e à medida que se aproxima o fim das operações de combate dos EUA no Iraque, marcadas para o fim do mês.
Uma base militar perto da praça de Maidan, no centro, estava recebendo recrutas no momento da explosão. Forças iraquianas estão se preparando para a retirada das tropas dos EUA, que reduzirão seu contingente no país para menos de 50 mil soldados até o fim do mês.
“Estávamos em uma longa fila. Havia também soldados e oficiais. De repente, houve a explosão. Graças a Deus somente minha mão ficou ferida”, disse um recruta ferido enquanto os médicos do hospital Al-Karkh faziam um curativo em sua mão.
O local do ataque era o Ministério da Defesa na época do governo de Saddam Hussein e foi transformado em um base militar e centro de recrutamento depois da invasão liderada pelos EUA, em 2003.
Retirada
O atentado desta manhã na área militar não muda os planos de retiradas das tropas americanas no país, previsto para o fim deste mês, disse o secretário-adjunto de imprensa da Casa Branca, Bill Burton.
As tropas americanas devem começar o processo de transição no país, ocupado desde 2003. Devem permanecer no país cerca de 50 mil homens com foco em treinamento e contraterrorismo.
“Obviamente ainda há pessoas que quererem negar os avanços que o povo iraquiano fez em direção à democracia”, disse Burton a repórteres sobre os planos da Casa Branca, enquanto o presidente Obama participa de campanha em Seattle. “Estamos confiantes que estamos avançando para o fim de nossa missão.”
*(Com informações da Reuters e da AP)