Da variação de 0,21% registrada no mês passado, 0,14 ponto percentual correspondeu ao aumento de preço de apenas quatro itens: empregados domésticos (1,97%), cigarros (2,72%), taxa de água e esgoto (1,89%) e artigos de vestuário (0,46%).
“A maioria dos preços está estável e vários estão em queda.O que puxou a taxa foram itens pontuais”, disse a técnica do IBGE.
Eulina ressalta a importância do grupo alimentos em segurar o IPCA ao longo de 2006. O ramo apresentou aumento de 0,08%, mas acumula deflação de 1,08% no ano.
“Esse comportamento dos alimentos está relacionado ao câmbio e à maior safra agrícola neste ano”, comentou.
O dólar mais desvalorizado afeta as cotações das commodities agrícolas e causa um efeito de baixa nos preços dos alimentos.
Já a maior oferta de produtos agrícolas cria mais espaço para a estabilidade de preços. O IPCA ficou em 0,21% em setembro.
O índice acumula taxa de 2% nos nove primeiros meses de 2006, bem inferior à meta de inflação do governo para 2006, fixada em 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Em 12 meses, a taxa acumulada do IPCA correspondeu a 3,70%.
(Ana Paula Grabois | Valor Online)