O grupo terrorista Estado Islâmico destruiu mais um monumento histórico na cidade de Palmira, na Síria. Segundo informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo que monitora o conflito no país, os jihadistas explodiram o Arco do Triunfo de Palmira – uma construção com cerca de 2.000 anos de idade, erguida na época do Império Romano.
Considerada patrimônio da humanidade pela Unesco, a cidade síria foi um dos principais centros culturais do mundo antigo e possuía alguns dos mais bem conservados sítios arqueológicos da era romana. Desde que o Estado Islâmico tomou o controle de Palmira em maio, porém, diversos monumentos milenares já foram destruídos pelos fanáticos religiosos, que consideram as ruínas heréticas.
'Destruição arbitrária' – Nos últimos meses, o EI explodiu dois santuários de Palmira, além de executar o arqueólogo responsável pela conservação do sítio arqueológico. Maamoun Abdulkarim, chefe do setor de antiguidades da Síria, disse à agência Reuters, que a destruição do Arco do Triunfo, que ficava na entrada da cidade antiga, marca uma nova fase na perseguição dos jihadistas às ruínas, já que o monumento, ao contrário dos templos destruídos antes, não tinha inscrições religiosas.
"Agora é uma destruição arbitrária", observou. "Os atos de vingança não são mais ideológicos porque eles agora estão explodindo construções sem nenhum significado religioso." Abdulkarim acrescentou que, se Palmira continuar nas mãos do Estado Islâmico, a cidade histórica estará "condenada."
(Da redação:Veja.com)