Astro ficará a uma distância segura de 1,5 milhão de quilômetros do nosso planeta e não representa perigo à humanidade
Um asteroide do tamanho de três campos de futebol, identificado como 2021 NY1, fará sua abordagem mais próxima da Terra nesta quarta-feira (22), quando estará a cerca de 1,5 milhão quilômetro de distância do nosso planeta — sua maior aproximação em todo o século.
O astro é classificado pela Nasa, a agência espacial norte-americana, como um Objeto em Órbita Próxima à da Terra (NEO, na sigla em inglês) e um Asteroide Potencialmente Perigoso (PHA, na sigla em inglês), mas não representa perigo à humanidade.
Segundo o Observatório Nacional, os PHAs são definidos com base em parâmetros internacionais que medem o potencial de um asteroide de fazer uma aproximação ameaçadora com a Terra, embora os riscos sejam extremamente baixos.
São enquadrados nesta lista todos aqueles com uma distância mínima de cerca de 7,5 milhões de quilômetros ou uma magnitude absoluta de 22,0 — no caso do 2021 NY1, este valor é de 21,51.
“A aproximação do corpo celeste acontecerá sem riscos para o nosso planeta, pois ele irá passar a uma distância suficientemente segura”, afirma o astrônomo do Observatório Nacional, Filipe Monteiro. “Durante essa aproximação, será possível determinar as propriedades físicas do asteroide, assim como avaliar possíveis mudanças em sua órbita.”
O próximo encontro do astro com a Terra ocorrerá em 2044, quando ele ficará a uma cerca de 5,7 quilômetros do nosso planeta — distância mais de três vezes maior do que a desta quarta-feira. Um encontro tão próximo quanto este ocorrerá somente em 2105.
Durante o momento da aproximação, o corpo celeste não será visível do Brasil, uma vez que o evento acontecerá durante o dia, e a luz do Sol, claro, impedirá sua observação. A partir de sábado (25), no entanto, o asteroide poderá ser visto durante a madrugada e provavelmente será observado por meio de telescópios especializados.
R7 sob supervisão de Pablo Marques