Manifestação denominada “Comboio da Liberdade” faz com que motoristas tenham que procurar rotas alternativas
Grupos de caminhoneiros canadenses que protestam há dias contra medidas aplicadas ao longo da pandemia de Covid-19 bloquearam com seus veículos a principal passagem da fronteira entre Canadá e Estados Unidos nesta terça, 8. Os líderes do protesto autointitulado “Comboio da Liberdade” interromperam a passagem na travessia internacional Ambassador, que liga a cidade de Windsor (em Ontário, no Canadá) a Detroit (em Michigan, nos EUA), e é a mais movimentada entre os dois países.
A Polícia de Windsor informou nesta terça-feira que o “congestionamento” continua e recomendou que os motoristas procurem rotas alternativas, como a ponte Blue Water, que liga Sarnia (Ontário) a Port Huron (Michigan). Na véspera, a Polícia de Windsor pediu aos manifestantes para “não colocarem em perigo a ordem pública” e advertiu que “aqueles que cometerem crimes serão investigados e acusados”.
Mais de 60% dos canadenses se opõem às manifestações do movimento antivacina e dos grupos radicais que foram até a capital, Ottawa, para protestar contra as medidas de contenção da pandemia, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça. Em debate de emergência na Câmara dos Comuns do Parlamento na segunda, 7, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que após mais de uma semana de ocupação no centro de Ottawa, o protesto “tem de parar” e os manifestantes têm de voltar para casa.
Trudeau disse também que o protesto está “bloqueando” a democracia e a economia do Canadá. Os protestos começaram em 29 de janeiro, quando se formou o “Comboio da Liberdade”, organizado por caminhoneiros que se opõem à vacinação obrigatória contra a Covid-19.
*Com informações da EFE