quarta-feira, 15/05/2024
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AL promove audiências públicas para estimular a produção de trigo

A Assembleia Legislativa realiza nos dias 13 e 20 desse mês, audiências públicas em Nova Mutum e Primavera do Leste para debater a viabilidade técnica e econômica para a produção de trigo em Mato Grosso.

 

De autoria dos deputados estaduais José Riva (PSD) e Neldo Egon (PR), os encontros terão a participação de especialistas que revelam a experiência bem sucedida de outros estados que apostaram no trigo como alternativa para o período de transição da lavoura, aliada ao solo e clima favorável de Mato Grosso.

 

“Todos sabem o potencial de Mato Grosso como produtor de grãos, entendemos que o clima e condições de solo são propícios para o cultivo do trigo. Estamos fomentando esse debate há um tempo em câmaras temáticas e agora, através das audiências públicas, vamos discutir com produtores, associações, cooperativas, estudiosos do assunto para mostrar que o estado tem grande viabilidade para ser um dos grandes produtores de trigo”, explicou.  

 

Em Nova Mutum, o encontro acontece na próxima quinta-feira (13), às 19h, na Câmara Municipal. Já em Primavera do Leste, a audiência acontece no mesmo horário e também na sede do Poder Legislativo.

 

Durante a reunião ordinária de ontem (6) na Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Mato Grosso (OCB-MT) da Câmara Técnica do Trigo, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), foi debatida a relevância das audiências públicas, a viabilidade técnica para a produção de trigo que é trabalhada há anos por meio de estudos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), e os benefícios econômicos que garantem a produção para o mercado consumidor interno.

 

“A maioria das pessoas comem pão, pizza, macarrão, lasanha, mas ainda temos mais de 90% da farinha trigo sendo importada. Percebemos que temos potencial técnico para o trigo ser plantado em Mato Grosso e é viável comercialmente. Estimular este cultivo reduz as importações, e diminui o preço final para o consumidor, pois não teremos os custos da logística trazendo os produtos de fora”, explicou o coordenador da Câmara Técnica do Trigo e pesquisador da Empaer, Hortêncio Paro. 

 

Em Mato Grosso, são consumidos anualmente aproximadamente 120 mil toneladas de farinha de trigo. Produtores de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso já estão plantando lavoura de trigo. “É uma questão de mercado, se tivermos com o trigo acima de R$ 50 reais a saca, grande parte dos produtores vão olhar com carinho a cultura do trigo”, observa o pesquisador.

 

FACTRIGO – Já tramita na Assembleia Legislativa, projeto de lei (455/2013) de autoria do deputado José Riva, que institui o Fundo de Apoio à Cultura do Trigo (FACTRIGO), com o objetivo de viabilizar a pesquisa, a produção e industrialização do trigo, a exemplo do que ocorreu com outras culturas como soja, algodão e milho.

 

O fundo terá como receita principal a contribuição no valor de 0,1 (um décimo) da UPF/MT por tonelada de farinha de trigo comercializada aqui e que tenha origem fora do estado, além de doações, auxílios oriundos de convênios com instituições públicas e privadas e créditos consignados no orçamento estadual.

 

“Todos os estudos confirmam a viabilidade do trigo em Mato Grosso, que tem apresentado uma qualidade acima da média nacional e melhor até que o similar argentino. O plantio já é feito de forma experimental e com a criação do fundo será possível investir em pesquisa, assegurando a efetividade do trigo como nova e rentável opção, consorciada com a soja, alavancando mais um setor da economia do Estado”, explicou Xisto Bueno, assessor especial da Assembleia Legislativa.

 

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Parmenas Alt
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