Caçula da seleção pentacampeã mundial em 2002, Kaká entrou nas Copas de 2006 e 2010 como candidato a protagonista , mas fracassou tanto na Alemanha quanto na África do Sul. Praticamente intocável nas gestões de Carlos Alberto Parreira e Dunga, o antigo dono da camisa 10 verde e amarela terá de lutar muito se quiser recuperá-la nas futuras convocações do técnico Mano Menezes.
Eleito pelo novo comandante da seleção nacional para vestir a mística camisa no amistoso contra os Estados Unidos na última terça-feira (10), em Nova Jersey, Paulo Henrique Ganso, campeão paulista e da Copa do Brasil pelo Santos, mostrou que não sentiu o peso do uniforme e, ao lado do inseparável amigo Neymar, outro estreante, comandou a vitória por 2 a 0.
Elogiado por Mano Menezes após sua estreia na seleção, Ganso deve ser presença constante de agora em diante no grupo verde e amarelo, assim como Carlos Eduardo, que entrou bem durante a partida, e Ederson, que sofreu lesão muscular com apenas 15 segundos em campo, o que, teoricamente, lhe garantirá novas oportunidades para poder mostrar seu real valor.
Enquanto os novos postulantes à camisa 10 iniciam bem um novo ciclo da equipe, Kaká vive momento difícil na carreira. Operado recentemente na Bélgica para curar uma lesão no menisco do joelho esquerdo, o jogador terá de passar por uma longa recuperação e ficará pelo menos quatro meses afastado do futebol.
Quando voltar a jogar, terá de provar ao técnico Mano Menezes que merece nova chance na equipe que se prepara para a Copa de 2014 e, além de superar a idade (terá 32 anos no Mundial) e as dores que vêm lhe incomodando ultimamente, precisará convencer o treinador a alterar o esquema 4-3-3 para um com dois meias. Ou a deixar Ganso, o novo xodó, no banco de reservas.
