sábado, 27/04/2024
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Bush deixa o Iraque após comentário sobre redução de tropas

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deixou o Iraque após a visita surpresa em uma base aérea protegida por um forte esquema de segurança, segundo a Casa Branca. Bush, que sinalizou uma possível redução do contingente americano no Iraque, continua sua viagem com destino à Austrália para encontro da Conferência Ásia-Pacífico.

Atualmente, há cerca de 162 mil militares dos EUA destacados no Iraque –entre eles, uma força adicional de 30 mil que chegou em fevereiro para ajudar a combater a violência sectária.

Segundo Bush, autoridades militares dos EUA no Iraque lhe informaram que seria possível manter o mesmo nível de segurança no Iraque com um número menor de soldados no país.

Jason Reed/Reuters

Bush encontrou líderes tribais dentro da base na Província iraquiana de Anbar hoje
“O general [David] Petraeus [comandante militar dos EUA no Iraque] e o embaixador [Ryan] Crocker me disseram que a busca pelo sucesso continua, e que é possível manter o mesmo nível de segurança com menos tropas americanas”, afirmou Bush.

A visita de Bush –mantida em segredo por questões de segurança– ocorre antes de o líder americano seguir para a Austrália. Ele deveria deixar os EUA com destino a Sydney nesta segunda-feira, mas o Air Force One decolou da base aérea de Andrews neste domingo.

O líder americano voou 12 horas para chegar a Bagdá, onde desembarcou em uma base aérea na Província de Anbar. Após reunir-se com líderes militares americanos, ele se encontrou com o premiê iraquiano, Nouri al Maliki, com o presidente, Jalal Talabani, e com outras autoridades iraquianas em Bagdá.

É a terceira que o líder americano visita o país desde o início da invasão ao país árabe, em 2003. Bush esteve anteriormente no Iraque em novembro de 2003 e em junho de 2006. A Casa Branca disse que ele viajou acompanhado da secretária de Estado, Condoleezza Rice, e do conselheiro de Segurança Nacional, Stephen Hadley, além de outros assessores.

Pressão

Na sexta-feira (31), Bush reuniu-se com líderes do Pentágono, que expressaram preocupação com a permanência de soldados americanos por tempo prolongado no Iraque.

Jason Reed/Reuters

Bush posa com soldados americanos durante a visita à base de Al Asad hoje no Iraque
Na próxima semana, David Petraeus, comandante militar dos EUA no Iraque, e Ryan Crocker, embaixador americano em Bagdá, apresentarão um relatório a respeito do Iraque perante o Congresso americano. O documento, ao lado de um segundo relatório que será entregue pela Casa Branca em 15 de setembro, deve determinar o próximo passo no conflito.

Na semana passada, um relatório oficial elaborado pelo Escritório de Supervisão do Governo dos Estados Unidos [GAO, na sigla em inglês] apontou que o Iraque não alcançou os 18 objetivos fixados pelo Congresso americano para o progresso político e militar.

Segundo o jornal, o documento sobre o país árabe, intitulado “Levando Segurança, Estabilizando e Reconstruindo o Iraque”, afirma que foram atingidos “apenas três dos 18 objetivos” fixados por congressistas americanos para avaliar seu progresso político e militar.

A versão definitiva do documento deveria ser enviada nesta terça-feira ao Congresso.

Violência

O documento contradiz o panorama exposto pelo governo de Bush em julho último, que indicava diminuição na violência após o início de ampla ofensiva em Bagdá, no início do ano. “A média de ataques diários contra civis continua a mesma de seis meses atrás”.

De acordo com o relatório, a “capacidade das forças de segurança iraquianas também não progrediu”. “Algumas unidades enviadas a Bagdá seguem diferentes grupos, e algumas têm ligação com milícias xiitas, o que dificulta sua ação contra extremistas xiitas”, diz o GAO.

Em resumo, o texto conclui que “a principal legislação não foi aprovada, a violência continua alta, e não está claro se o governo iraquiano irá empregar US$ 10 bilhões na reconstrução”.

FO/Com Associated Press e Reuters

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Parmenas Alt
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