sábado, 27/04/2024
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CENTRO DE CUIABÁ VAI PARAR Nesta SEGUNDA-FEIRA, DIA 30

Representações das principais centrais dos trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais em Mato Grosso informaram que a onda de demissões provocada pela crise internacional do capitalismo já chegou a Mato Grosso.

Só aqui no Estado, foram cortados 15.322 postos de trabalho. No setor frigorífico, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária
(Imea), 15 plantas estão paralisadas, 4,8 mil demissões foram homologadas e 44 mil empregos indiretos podem ser comprometidos.

Outros setores também estão demitindo em maior ou menor escala. E segue a onda demissionária.

Os detentores do capital, em busca de financiamentos, pressionam o Estado,
ao qual sempre atacaram, mas que agora é visto como tábua de salvação.

E ameaçam com demissões e perda de direitos trabalhistas no mundo todo.

Contra esse conjunto de coisas, os trabalhadores, articulados, vão realizar
atos nas capitais brasileiras e de vários países, para dizer que não vão
pagar pela crise e que pague por ela quem a gerou.

Em Cuiabá, a concentração para o ato local está marcado para hoje (30), às 9h, na praça Alencastro.

Na coletiva, realizada hoje à tarde na sede da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), as entidades avaliaram que essa aproximação não deve se esgotar no ato de segunda-feira e já marcaram nova reunião, para quarta-feira, às 16 horas no Sindicato dos Bancários, que fica na região central.

“Vamos criar um fórum contra a crise”, propôs o presidente da Adufmat, Carlinhos Eilert.

Todas as entidades estão convocando suas bases para o protesto conjunto do dia 30.

Os professores da UFMT, em Assembléia Geral, deliberaram pela suspensão das aulas, na segunda-feira, em apoio à luta dos trabalhadores.

“Educação está no centro de todas as lutas. Precisamos avançar contra o sucateamento das universidades públicas e nos alinhar com as outras lutas dos trabalhadores”, defende Eilert.

Bancos e escolas estaduais e particulares vão funcionar normalmente, embora os sindicatos dos professores das duas redes (Sintep e Sintrae) e dos bancários (Seeb-MT) tenham informado às suas categorias sobre o ato.

“Não podemos nos conformar que a primeira saída de sempre nos momentos de crise é a caneta da demissão. Temos que tentar outras alternativas”, opina o presidente do Sindicato dos Bancários de MT, Arilson da Silva.

Também vão compor o ato os sindicatos dos servidores do judiciário, dos motoristas, dos jornalistas, dos trabalhadores na construção civil, dos metalúrgicos, dos trabalhadores dos correios, entre outros.

O movimento estudantil irá fazer arrastões nas universidades e escolas. Pablo Rodrigo Silva, da UNE, entende que é hora do povo brasileiro se unir.
Entre as bandeiras comuns dos trabalhadores no mundo, foi inserida, aqui, em
Cuiabá, a luta pela manutenção do passe-livre, que é fortemente puxada por
estudantes.

Já os jornalistas vão distribuir fita preta para alfinetar na blusa. Um ato
simbólico contra atrasos salariais e a censura na grande mídia.

Mais de cinco mil panfletos serão distribuídos à população numa tentativa de
dialogar com o maior número possível de pessoas, dando o alerta, para a
necessidade de uma reação forte ou os trabalhadores mais uma vez serão
usados como bodes expiatórios.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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