terça-feira, 14/05/2024
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Cerca de 60 presos diagnosticados com tuberculose no maior presídio de MT são isolados para tratamento

proximadamente 60 presos estão fazendo tratamento contra a tuberculose na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, de acordo com o Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen). A entidade atribui a proliferação da doença à superlotação das celas.

O Sindspen informou que, em uma cela com capacidade máxima para oito pessoas, abrigando aproximadamente 40 presos. Atualmente, mais de 2 mil homens estão presos na unidade.

Esses 60 casos já têm confirmação da doença. Os presos diagnosticados com tuberculose estão em uma cela separada durante o tratamento. Segundo o presidente da Sindispen, João Batista Ferreira, novos casos da doença podem ser descobertos, pois a avaliação da saúde de todos os presos ainda não foi concluída.

"Teriamos que verificar todos os dois mil presos. Temos 60 casos confirmados e é possível que novos casos sejam descobertos", afirmou.

Ele explica que os funcionários da penitenciária não usam equipamentos de proteção individual, ficando mais suscetíveis à doença. "Não temos equipamentos de proteção, o que pode acabar facilitando a transmissão da doença para esses funcionários", disse.

A médica infectologista Danyenne Rejane de Assis explica que a superlotação ajuda na proliferação da doença. "As celas superlotadas ajudam na transmissão dessa doença. Uma pessoa infectada pode transmitir para diversas pessoas", contou.

 

Em abril desde ano, o presidiário Cícero Junior Oliveira Dias, de 20 anos, morreu cinco meses depois de ter sido diagnosticado com a doença. Por dia, cerca de 400 visitantes passam pela Penitenciária Central.

O diretor de Saúde do Sistema Penitenciário, Ozano Delgado, alerta para o risco de transmissão da doença principalmente para as crianças. Ele explica que a doença pode ser transmitida nos primeiros 15 dias. Após este período, não há mais riscos de trasmissão.

"O período de transmissão da doença é de 15 dias, após este período ela não é mais passada de uma pessoa para a outra", disse.

De acordo com o juiz Geraldo Fidelis, da Vara de Execuções Penais, apesar da confirmação dos casos de tuberculose, ainda não se pode afirmar que há um surto da doença nas penitenciárias.

"Não existe definitivamente um surto, mas é preciso mais médicos para tratar da saúde de todos os presos", avaliou.

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