quarta-feira, 15/05/2024
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Chávez diz não querer guerra com Colômbia; Lula vai a Caracas para reunião

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ter recebido “com afeto” as palavras do comandante das Forças Armadas da Colômbia, Freddy Padilla, que qualificou de “impensável” uma eventual guerra entre os dois países em meio à crise bilateral. Nesta sexta-feira, Chávez se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a crise diplomática entre Caracas e Bogotá.

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“Hoje recebi com afeto a mensagem que enviou o comandante geral do Exército da Colômbia (…). E acho que hoje lançou uma frase que diz que entre Venezuela e Colômbia nunca deve haver uma guerra, e é verdade”, disse Chávez a jornalistas, no palácio presidencial de Miraflores.

Em uma entrevista publicada nesta quinta-feira em um jornal venezuelano, o general Padilla afirmou que “é impensável absolutamente um conflito entre os militares de Venezuela e Colômbia”.

Padilla, que deixará o cargo no sábado, quando assume o presidente eleito Juan Manuel Santos, garantiu que a Colômbia “precisa da cooperação internacional para sua luta antiterrorismo (…) e do apoio da Venezuela e suas forças armadas nessa tarefa global contra o narcotráfico”.

Chávez rompeu relações diplomáticas com Bogotá no dia 22, depois que o país vizinho levou à OEA (Organização dos Estados Americanos) denúncias de que Chávez abriga guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional) em território venezuelano.

Hoje, Chávez reiterou que mantém a “esperança” de poder “reiniciar uma relação transparente” com o novo governo de Santos, apesar de ter dito que não irá à cerimônia de posse neste sábado em Bogotá.

MEDIAÇÕES

O secretário-geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul), o ex-presidente argentino Néstor Kirchner, chegou hoje a Caracas, onde foi recebido por Chávez para tratar da crise diplomática entre Colômbia e Venezuela. Kirchner deve também se encontrar com o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro.

“Temos que conviver com todos, respeitando a diversidade, respeitando a pluralidade e entendendo cada nação, seus vínculos políticos, culturais e institucionais”, disse o argentino.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será recebido amanhã em Caracas por Chávez, dentro da programação de reuniões bilaterais trimestrais, tendo desta vez a crise diplomática entre Colômbia e Venezuela como pano de fundo. Kirchner também deve participar do encontro, disse um porta-voz da Unasul.

Segundo o governo brasileiro, Lula participará de uma reunião de cooperação com a África de manhã, se reunirá com Chávez depois do almoço e, no final do dia, viajará para a Colômbia, onde acompanhará a posse de Juan Manuel Santos na Presidência no sábado.

Segundo as informações oficiais, Lula e Chávez conversarão sobre planos nos setores agrícola, financeiro, habitacional e outras iniciativas na área social, inclusive nas áreas de fronteira.

Durante a reunião trimestral anterior, em Brasília, no mês de abril, Venezuela e Brasil assinaram 20 acordos bilaterais nas áreas de alimentos, energia, habitação, financeira e transportes, entre outras.

O porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, disse ontem que Lula está disposto a promover o diálogo entre Venezuela e Colômbia e aproveitará as visitas aos dois países para buscar esse objetivo.

Baumbach esclareceu que as visitas já estavam marcadas antes de Chávez anunciar o rompimento das relações com a Colômbia.

LULA X URIBE

O porta-voz da Presidência confirmou que Lula não tem nenhuma reunião bilateral prevista com Uribe, mas reiterou que o Brasil deu como superado o mal-estar causado por uma troca de declarações entre ambos.

Na semana passada, Uribe “deplorou” as declarações de Lula nas quais o presidente brasileiro assegurava que não via nenhum conflito além do verbal entre Colômbia e Venezuela.

“Sabemos que o presidente Santos quer dialogar (com Chávez) e o Brasil espera que essa propensão ao diálogo leve a uma melhora” nas relações entre Venezuela e Colômbia, disse Baumbach.

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Parmenas Alt
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