terça-feira, 14/05/2024
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Cidades ameaçadas com o avanço do oceano

Mais de 1 bilhão de pessoas que vivem em áreas abaixo do nível do mar podem sofrer as conseqüências de um desastre natural, segundo estudo realizado pelo Observatório Geológico dos Estados Unidos. Outra pesquisa, esta elaborada pelo Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, reiterou que um em cada dez seres humanos vive em áreas costeiras com risco de inundações caso haja avanço do oceano.

Uma das cidades mais ameaçadas é Macaé (foto), localizada no Norte Fluminense. Lá, a elevação do nível do mar foi dez vezes superior à média global, registrada pelo Painel da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

Dados colhidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em um levantamento sobre as marés da região, mostram que, entre 1994 e 2006, o nível do mar aumentou em média 37mm no Norte Fluminense, enquanto a média apontada pelo IPCC foi de 3,1mm (medida entre 1993 e 2003).

O monitoramento em Macaé começou em novembro de 1994, quando o IBGE instalou um centro de operações no Porto de Imbetiba, em parceria com a Petrobras. Em outro ponto de observação, na cidade de Imbituba, em Santa Catarina, a elevação anual foi de 2,5mm. O ritmo de elevação no litoral catarinense, no entanto, aumentou entre 2001 e 2006, atingindo a média de 1cm.

O número também é maior que o registrado na terceira parte do quarto relatório da ONU sobre o clima. O IPCC mostrou que a média mundial de elevação dos mares era de 1,8mm por ano, entre 1961 a 2003. A média global subiu para 3,1mm anuais, no período de 1993 e 2003.

Na primeira parte do mesmo relatório, a ONU afirmou que, até o fim deste século, a temperatura da Terra pode aumentar entre 1,8ºC e 4ºC, provocando uma elevação no nível dos oceanos de 18cm para 59cm, além de inundações e ondas de calor freqüentes. Projetando os valores encontrados em Macaé em 100 anos, com elevação de 15cm por ano, a praia de Imbetiba estaria com mais 3m sobre sua zona costeira.

A prefeitura tem adotado medidas para evitar que o mar invada a cidade, como na praia da Barra. Há contenção com pedregulhos em algumas praias próximas de casas. Atualmente, a cidade é mais vulnerável a enchentes.

FU

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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