quinta-feira, 16/05/2024
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Coréia do Norte ameaça realizar novo teste nuclear

A Coréia do Norte ameaçou hoje realizar um novo teste nuclear caso os Estados Unidos continuem com sua política de “hostilidade” e advertiu que a imposição de sanções em grande escala pela ONU será o equivalente a uma “declaração de guerra”.
A tensão no Leste da Ásia aumentou com a divulgação de rumores sobre um segundo teste nuclear pela rede de televisão pública japonesa “NHK”, que informou que havia sido detectado um abalo sísmico suspeito na Coréia do Norte.

Os Governos do Japão e da Coréia do Sul desmentiram a notícia, mas não descartaram que a Coréia do Norte possa estar preparando um segundo teste nuclear.

Pouco depois de as autoridades japonesas e sul-coreanas terem desmentido os rumores, o número dois do regime norte-coreano e presidente da Assembléia Popular Suprema da Coréia do Norte, Kim Yong-nam, declarou à agência japonesa “Kyodo” que havia a possibilidade de novos testes nucleares.

A realização de futuros testes “está ligada à política dos Estados Unidos em relação à Coréia”, afirmou Kim.

“Se os EUA continuarem com uma atitude hostil, aplicando diferentes formas de pressão sobre nós, não teremos remédio a não ser adotar ações físicas para conduzir a situação”, disse o segundo homem mais poderoso da Coréia do Norte, após o líder Kim Jong-Il.

Kim Yong-nam minimizou a possibilidade de o Conselho de Segurança da ONU impor sanções à Coréia do Norte, afirmando que seu país pode enfrentar a contingência.

Horas antes, em Pequim, um representante diplomático norte-coreano afirmava à agência “Yonhap” que a imposição de sanções “em grande escala”, com um embargo total e o bloqueio econômico, será vista como “uma declaração de guerra”.

Sobre a possível volta da Coréia do Norte às conversas multilaterais sobre o seu programa nuclear, Kim Yong-nam exigiu que os EUA suspendam as sanções impostas a instituições financeiras relacionadas com o Governo norte-coreano e acusadas de lavagem de dinheiro e falsificação de dólares.

“O retorno ao diálogo também depende da atitude de Washington.

Não podemos nos sentar para conversar enquanto continuarem impondo diversas sanções, inclusive financeiras”, acrescentou.

A Coréia do Norte abandonou as negociações multilaterais sobre seu programa nuclear desde novembro de 2005 e, para reatar o diálogo, exige o fim das sanções econômicas impostas pela Casa Branca há um ano.

Kim Yong-nam também minimizou a importância das ameaças do Japão de impor suas próprias sanções econômicas. “Vivemos sem a ajuda japonesa até agora e continuaremos assim”, disse.

Mais tarde, o Governo japonês anunciava o novo pacote de sanções financeiras e econômicas, as primeiras aplicadas contra o regime comunista após o teste nuclear de segunda-feira.

Entre as medidas está a limitação das exportações ao país comunista e a proibição de que qualquer embarcação norte-coreana atraque em portos japoneses.

Tóquio já havia imposto uma série de sanções financeiras à Coréia do Norte quando o país lançou, em 5 de julho, uma série de sete mísseis balísticos sobre o Mar do Japão, desatando outra crise que elevou o alerta no Extremo Oriente.

As sanções que já estavam em andamento afetam entidades vinculadas à Coréia do Norte e relacionadas com os programas de fabricação de mísseis e armas de destruição em massa norte-coreanas.

A tensão no Extremo Oriente vem aumentando nas últimas horas diante da expectativa da aprovação pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas de uma resolução baseada no Capítulo 7 da Carta da ONU, que abre caminho para as sanções e para a opção militar para a resolução da crise.

O Japão está em alerta frente às especulações sobre um novo teste nuclear que a Coréia do Norte poderia realizar nas próximas horas e o monitoramento dos serviços sísmicos militares e civis foi intensificado para detectar qualquer indício de teste atômico.

A tensão é maior na Coréia do Sul, onde o Estado-Maior recomendou hoje ao Ministério da Defesa que reavalie a preparação do país frente a um possível conflito nuclear.

A cúpula militar sul-coreana pede mudanças no plano de defesa do país, desenvolvido em conjunto com os EUA, e a aquisição imediata de tecnologia para sistemas antiaéreos que sejam capazes de evitar um ataque com mísseis dotados de ogivas nucleares.

O Governo sul-coreano expressou pela primeira vez seu apoio à imposição de sanções contra a Coréia do Norte pelo Conselho de Segurança da ONU.

“Se forem impostas sanções financeiras, nós, como membros da ONU, somos obrigados a apoiar a resolução. No entanto, nossa posição básica é a de oposição a sanções militares”, disse a primeira-ministra, Han Myeong-sook.

EFE

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Parmenas Alt
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