terça-feira, 14/05/2024
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Corte de gastos prejudicará bolsa família

Não demorou nada. Dilma ainda nem tomou posse e já anunciou que suas promessas eram exclusivamente eleitorais.

Nesta semana, seu ministro da fazenda, já confirmado, o inefável Guido Mantega, declarou que, para evitar aumento da inflação, haverá corte de gastos.

Ressalvou que os cortes não afetarão o Bolsa Família, mas provocarão paralisação de obras, inclusive as do PAC.

Fica, portanto, confirmado o que dissemos na campanha eleitoral, e que foi negado de pés juntos pela candidata. A catadupa de cifras relativas aos gastos para atender à saúde, educação, contração de construção de casas, criação de empregos e não sei mais o quê, não passava de promessas eleitoreiras.

Em vão tentei, nos debates televisados, advertir a população do engano em que estava caindo. A paixão pelo Lula é tamanha que não houve meios de convencê-la.

A afirmação de que o Bolsa Família não será afetado requer qualificação: os atuais beneficiários não sofrerão com o corte, mas todos sabemos que apenas uma pequena porcentagem das famílias que têm dificuldade para adquirir alimentos continuará sendo beneficiada, pois, evidentemente, o programa será congelado.

Quem votou em Dilma na esperança de ser incluído no programa, ficará a ver navios.

O mesmo acontecerá com os que votaram na ilusão de ter ingressado na classe média. O corte de investimentos causará aumento do desemprego e o desempregado, cheio de dívidas, vai sentir na carne o preço do seu voto. Nessa hora realizará que, ao levar uma geladeira para casa, não ingressou na classe média, porque seu filho não consegue sequer ser alfabetizado na escola pública e sua família, se ficar doente, vai levar meses para ser mal atendida em hospitais desprovidos do mínimo para um atendimento aceitável.

Só lembrando a piada daquela alma que foi para o céu, mas se sentiu entediada com aquela pasmaceira e pediu para ir para o inferno. São Pedro, prudentemente, aconselhou-o a fazer previamente uma experiência. A alma foi e ficou contentíssima. Era só farra. Voltando, confirmou seu desejo e foi definitivamente para o inferno. Desta vez, porém, em vez da folia, só tinha trabalho e repressão. Revoltado, perguntou o porquê da mudança. O diabo respondeu-lhe: “Ah! Meu velho. Naquele tempo estávamos em período eleitoral”.

Nem tudo estará perdido, se pelo menos a experiência valer para as próximas eleições e as forças de esquerda conseguirem dialogar com a população sobre a importância da construção de um projeto verdadeiramente socialista para o Brasil. Veremos.

TerraMagazine
Plínio de Arruda Sampaio

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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