Os suspeitos foram descobertos a partir de depoimentos de testemunhas que ouviram os gritos da jovem no momento em que ela era assassinada: "Como a gritaria chamou a atenção, eles ligaram um som no volume máximo para abafar. Depois arrastaram o corpo do segundo andar do imóvel até a rua, onde o abandonaram. A perícia verificou que no local havia pouco sangue, e depois que entraram na casa puderam atestar que o crime foi cometido dentro do imóvel," continuou a delegada.

 

"A gente acredita que foi um crime premeditado porque familiares da vítima disseram que uma semana antes alguém ligou para a casa dela e disse que era o Lúcifer, o Satanás, e que algo ruim aconteceria com a família. Uma semana após a morte dela, o Raony, que é pai de santo, foi visto com uma mulher, os dois vestidos de branco, jogando farofa na casa da Camilla, como que num ritual para agradecer pelo sacrifício," explicou.

 

Os suspeitos confirmaram os rituais na casa, mas negaram o crime e durante a apresentação à imprensa, debocharam dos jornalistas e dos investigadores. Sorrindo, Raony chegou a dizer que em breve estará solto, mostrando despreocupação: "Devo, vou cumprir (a pena) e rapidinho tô na rua", disse. O amigo dele, Kliver, revelou que frequentava a casa da família de Raony para acompanhar "os trabalhos para Exú", mas disse que não participou da morte da jovem. Com um sorriso irônico, por pelo menos duas vezes fechou um gesto de tchau para as câmeras. 

 

Raony Dias Miranda, Kliver Marlei Alves dos Santos e Warley dos Reis Valentin da Silva foram indiciados por homicídio triplamente qualificado: "Pelo meio cruel que empregaram no crime, por terem impossibilitado a defesa da vítima e pelo motivo torpe", concluiu Cristiana.

 

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