quarta-feira, 15/05/2024
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Especialista do HUJM-UFMT esclarece e combate o preconceito sobre doença que afeta pele e nervos 

Janeiro: mês dedicado à sensibilização à hanseníase  

Na região Centro-Oeste do Brasil, os estados de Mato Grosso e Goiás são as maiores áreas de risco para contrair a hanseníase. O mais recente Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que de 2016 a 2020 foram 71,44 e 13,10 casos novos, por 100.000 habitantes, no Mato Grosso e em Goiás, respectivamente. 

O Brasil é um dos poucos países que continuam diagnosticando a doença. Existem, porém, localidades sem registro da doença com um número maior de casos sem diagnósticos, favorecendo o que se chama de endemia oculta de hanseníase, que é quando uma doença tem recorrência em uma região, mas sem aumentos significativos no número de casos. Na prática, isso significa pessoas sem tratamento, transmitindo o bacilo e sofrendo sequelas que surgem com o avanço da doença, que poderiam ser evitadas. 

No último domingo de janeiro é comemorado o Janeiro Roxo, mês de conscientização sobre a doença, cuja campanha em 2024 tem o lema “Conhecer, tratar e acolher”.  

“A hanseníase é causada pelas bactérias Mycobacterium leprae e Mycobacterium lepromatosis (formato de bacilo) e atinge os nervos periféricos. Os sintomas mais presentes da doença são a perda de sensibilidade e força das mãos/pés, além de manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele também com alteração da sensibilidade”, explica a jansenóloga Letícia Cavalcante, do Hospital Universitário Júlio Muller, da Universidade Federal de Mato Grosso (HUJM-UFMT/Ebserh).  

A contaminação ocorre por meio das gotículas de mucosa oral e nasal (espirro, tosse) a partir do contato com pessoas que estão com a doença, mas não estão em tratamento. Ao perceber algum desses sinais, é preciso procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para os testes de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa.  

O tratamento é feito gratuitamente pelo SUS, seja por meio da UBS ou dos serviços especializados, com medicamentos que combinam três substâncias antimicrobianas (clofazimina, rifampicina e dapsona). O tratamento previsto varia de seis meses a um ano e ao iniciar o tratamento o paciente não transmite mais a doença. 

“O diagnóstico precoce previne as incapacidades físicas responsáveis pelo estigma da doença. É importante dar visibilidade ao paciente que vive com hanseníase, suas dores e necessidades de saúde”, esclarece a médica. 

Além da campanha Janeiro Roxo, o mês de janeiro reforça a conscientização sobre a doença com as datas do Dia Mundial contra a Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro, e, no calendário de saúde brasileiro, com 31 sendo considerado como Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase (Lei nº 12.135/2009). 

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Parmenas Alt
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