quinta-feira, 16/05/2024
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Estudo defende restrição do consumo de energéticos a crianças e adolescentes

m estudo de revisão publicado no "Frontiers in Public Health" exorta autoridades de saúde pública e usuários a olhar mais atentamente para os malefícios de bebidas energéticas à saúde. Feitos de uma mistura de açúcar, vitaminas, guaraná, ginseng e cafeína, essas bebidas, segundo o estudo, devem ser regulados para a restrição do consumo entre crianças e adolescentes.

Os riscos para a saúde associados às bebidas energéticas, pontua o estudo, são principalmente atribuídos aos seus altos níveis de açúcar e cafeína. Algumas bebidas possuem mais de oito vezes a quantidade de cafeína de uma dose de café (100 mg da substância por 30 ml, contra as 12 mg de um cafezinho).

Estudos anteriores estabeleceram que o consumo de cafeína começa a ficar tóxico para o organismo quando ele é superior a 400 mg/dia em adultos, 100mg/dia em adolescentes (12-18 anos) e 2mg/kg em crianças menores de 12 anos — os maiores riscos estão associados a disfunções no ritmo cardíaco. No vídeo abaixo, entenda os efeitos do energético no organismo.

 

 

 

 

Entenda os efeitos do energético no corpo

Entenda os efeitos do energético no corpo

Os autores também exortaram órgãos reguladores de saúde pública a considerarem a legislação dessas bebidas em uma categoria diferentes de outras. Uma nova rotulagem também deveria informar sobre a quantidade total de cafeína e de açúcar, acompanhada das doses diárias recomendadas e dos níveis de toxicidade.

De acordo com o estudo, o uso abusivo de energéticos pode levar a danos nos rins, aumento da pressão arterial e desordem mental associada à agressividade e à ansiedade. Consumidos frequentemente, também elevam o risco de obesidade e de condições associadas ao alto consumo de açúcar — como o surgimento de cáries nos dentes e diabetes.

Privação do sono, fadiga, cansaço, dores de cabeça, dor de estômago e irritabilidade também estão associados ao consumo. Benefícios de curto prazo também foram encontrados — como a melhora da atenção e a restauração da fadiga. Para os autores, no entanto, os benefícios não superam os malefícios.

O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) e divulgado nesta quarta-feira (15). Josiemer Mattei, professor na Harvard Chan School de Saúde Pública, é o primeiro autor do levantamento.

 

O problema do álcool

 

A mistura de álcool com energético, comum em festas, também é um risco preocupante, diz o estudo — principalmente no que tange ao consumo entre adolescentes. Isso porque as bebidas mascaram os sinais do álcool, permitindo maior consumo, o que pode levar à desidratação e à intoxicação por bebida alcoolica.

De acordo com estudo na União Europeia, citado pelos autores, 71% dos jovens adultos europeus declararam misturar a bebida com álcool.

No Brasil, segundo estatísticas de consultorias consultadas pela BBC, o mercado deste tipo de produto teve crescimento médio de 27% nos últimos anos, impulsionado em boa parte pelo consumo na vida noturna.

Nos Estados Unidos, segundo o estudo, a indústria cresceu 240% desde 2004 e está no caminho de render US$ 21 bi em 2017.

 

 

 

 

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Parmenas Alt
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