domingo, 12/05/2024
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Ex-secretário de Fazenda de MT diz que mentiu em depoimento ao MPE

Em entrevista à TV Centro América, o ex-secretário estadual de Fazenda de Mato Grosso Éder Moraes (PMDB) reforçou nesta terça-feira (13) que mentiu no depoimento prestado ao Ministério Público Estadual (MPE) no ano passado sobre supostos esquemas investigados na operação Ararath. Trechos do depoimento estão circulando em vídeos na internet e Éder declarou que o conteúdo não procede porque foi dito em um momento de desequilíbrio emocional.

No depoimento, Éder explicou a promotores do MPE como funcionava um suposto esquema de desvio de verba pública do estado com participação de uma construtora. Por meio do esquema, teriam sido pagas contas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e do próprio governo do estado à época em que ele atuava como titular da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).

O esquema, segundo declarou Éder no depoimento, também seria de conhecimento de membros da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), do ex-governador Blairo Maggi (PR), hoje senador, e do também ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que acabou de deixar o governo do estado.

De acordo com a fala de Éder naquela ocasião, a construtora Encomind teria se beneficiado de um pagamento do governo superfaturado em R$ 61 milhões por serviços prestados entre 1987 e 1990.

Por conta das investigações sobre o esquema, o MPE moveu uma ação judicial contra a Encomind, ex-sócios da empresa, o ex-governador Blairo Maggi, Silval Barbosa e servidores da PGE. O depoimento de Éder foi anexado à ação judicial.

Em meio à investigação e ao andamento de alguns processos provocados pela operação Ararath, Éder Moraes recuou das declarações e declarou à Justiça que seu depoimento ao MPE não tinha validade. Esta versão foi reforçada nesta terça-feira depois da repercussão causada pela circulação na internet de vídeos com trechos do depoimento cujo conteúdo o ex-secretário renegou.

Segundo Éder, ele estava em um momento de tensão e desequilíbrio emocional porque lhe havia sido tirada a indicação para ocupar uma vaga de conselheiro no Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele afirmou que sua indicação por parte do Poder Executivo já era dada como certa, mas que acabou não ocorrendo – de maneira que o abalou.

"Eu estava extremamente tomado pela emoção de não ter sido atendido numa escolha para então ocupar uma vaga no TCE, qualificado que eu era para esta função e que, politicamente, praticamente me nomearam e depois me tiraram essa vaga. Então, todo esse contexto fez com que eu ali colocasse algumas palavras, e depois eu me retratei sobre todas elas. Então, só vou falar dessa situação agora em juízo", declarou Éder.

Outro lado

Procurada para comentar as declarações de Éder Moraes, a assessoria do senador Blairo Maggi afirmou que ele não vai se manifestar a respeito. O ex-governador Silval Barbosa também não foi encontrado para se posicionar.

O gabinete de Comunicação do governo estadual informou que a PGE ainda não foi notificada de ação que o MPE moveu por conta do caso.

Já a empresa Encomind esclareceu que sua diretoria foi renovada e, por conta disso, não tem condições de falar a respeito de atos que diriam respeito a gestões passadas. Por sua vez, a ALMT não se manifestou.

 

 

 

 

G1-MT

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Parmenas Alt
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