terça-feira, 14/05/2024
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Fundador do WikiLeaks critica empresas dos EUA por “boicote”

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, criticou duramente nesta terça-feira (14) as operadoras de cartões de crédito Visa e Mastercard e a empresa de pagamentos na internet PayPal, que bloquearam as doações ao portal desde que ele foi detido em Londres, em um comunicado divulgado na Austrália.

“Agora sabemos que Visa, Mastercard e PayPal são instrumentos da política externa dos Estados Unidos. É algo que ignorávamos”, afirmou Assange a sua mãe, Christine, que repassou o comunicado à emissora Channel 7 e ao jornal “The Age”.

A denúncia acontece depois de as empresas citadas, assim como a Amazon, terem rompido seus vínculos com Assange e o WikiLeaks. As companhias negaram motivações políticas.

Ativistas online lançaram a Operation Payback para “vingar” o WikiLeaks de empresas e entidades que consideram como responsáveis por obstruírem operações do site. Eles tiraram do ar temporariamente páginas das empresas de cartões de crédito, além do site do governo sueco, na semana passada.

Compromisso
Assange disse que continua comprometido com a divulgação de documentos secretos dos Estados Unidos, apesar da condenação de Washington e de outros países

“Minhas convicções são firmes. Continuo firme aos ideais que expressei. As circunstâncias não irão abalá-los”, disse Assange, segundo sua mãe.

“Esse processo aumentou minha determinação de que as informações são verdadeiras e corretas. Faço uma chamada a todo o mundo para que se proteja meu trabalho e a minha gente destes ataques ilegais e imorais”, disse.

Christine Assange afirmou que disse ao seu filho que ele tem apoio mundial. “Eu disse a ele que pessoas do mundo inteiro, de todos os países estavam se manifestando com placas e gritando pela sua libertação e justiça e ele ficou muito encorajado com isso”, disse ela. “Como mãe, estou pedindo ao mundo para dar apoio ao meu filho.”

O australiano preso em Londres, que deve comparecer pela segunda vez nesta terça-feira diante do tribunal que decide sua extradição à Suécia.

Seus advogados devem tentar novamente sua libertação sob fiança. Assange é acusado de conduta sexual indevida contra duas voluntárias do WikiLeaks durante uma passagem pela Suécia. Assange nega as acusações.

São esperadas manifestações pró-Assange em frente à corte.

O fundador do WikiLeaks e seus advogados afirmam que temem que promotores dos EUA podem estar tentando indiciá-lo por espionagem depois da publicação dos documentos diplomáticos norte-americanos.

Apoio australiano
A imprensa da Austrália expressou nesta terça apoio a seu compatriota e não poupou críticas à primeira-ministra do país, Julia Gillard, por considerar ilegal o conteúdo do portal.

Diretores, editores e redatores-chefes de diários e emissoras de rádio e televisão do país escreveram uma carta aberta a Gillard na qual afirmaram que se oporão a qualquer iniciativa para levar à Justiça os responsáveis pelo vazamento dos documentos confidenciais.

G1, com agências internacionais

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Parmenas Alt
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