As irmãs começaram no esporte juntas e muito cedo. “Com três anos fomos fazer natação no Tijuca. Depois, a técnica de nado gostou da gente e pedimos para a nossa mãe para começarmos no esporte”, conta Branca, que foi para o nado sincronizado ao lado da irmã com sete anos.
Bia, como Beatriz é chamada, e Branca cresceram e hoje chegam para o primeiro Pan-Americano eleitas pelo público como uma das mais belas atletas dos jogos. Loiras e de pele bronzeada, elas acham todo o assédio uma novidade. “É muito legal, mas eu não esperava. É até engraçado”, conta Bia. Além dos olhares masculinos, as meninas são alvo das crianças. “Elas nos vêem e querem tirar fotos. Tem umas que falam que querem ser como a gente quando crescer e isso é muito gratificante”, completa.
E para os homens e fãs de plantão, um alerta. Bia e Branca já têm namorado. Bia conheceu o escolhido na praia há cinco anos, mas o namoro começou mesmo há dois. Já Branca é compromissada há cerca de um ano. Segundo as nadadoras, os namorados são compreensivos e entendem o assédio. “Ele leva numa boa. Não é ciumento”, garante Bia.
Apesar de serem símbolos de beleza, Branca ressalta que elas querem ser lembradas pelo desempenho nas piscinas. “Não quero ser musa, quer ser atleta. Quer ser reconhecida pelo meu trabalho”, afirma a nadadora. Porém, ser bonita também tem o seu lado bom. “Isso atrai mídia e patrocínio para o esporte”, diz Branca. “Faz com que o nado sincronizado apareça mais. Com isso, mais gente conhece a modalidade. Divulga o nosso esporte”, complementa Bia.
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