domingo, 28/04/2024
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III Encontro Pan-amazônico quer colocar a floresta amazônica como protagonista na COP 20

Ambientalistas, ONGs, empresas, governo e redes socioambientais vão se reunir durante os dias 06 e 07 de agosto em Lima, no Peru, para discutir a floresta Amazônica no contexto das mudanças climáticas. O objetivo é colocar a maior floresta tropical do planeta no radar das discussões da COP 20, que será realizada três meses depois na mesma capital.

A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 20) é considerada o último momento de articulação política oficial antes do novo acordo climático global, que será firmado no próximo ano em Paris. A nova convenção visa substituir o protocolo de Quioto, que esteve vigente de 2008 a 2012 e buscava garantir que os países desenvolvidos reduzissem suas emissões em 5,2%. Apesar de apresentar novas metas de redução de emissão para os países, o novo acordo não deve ter vigência até antes de 2020.

"Todos sabemos da importância inestimável da floresta, mas o peso dado a ela nas negociações climáticas ainda é tímido. Uma CoP em um país amazónico tem que reverter essa situação e colocar a floresta e seus povos em lugar de destaque", diz Sérgio Guimarães, secretário executivo da Articulación Regional Amazónica (ARA) uma rede com mais de 50 organizações que está à frente do Encontro Pan-Amazônico, junto com o Ministério do Meio Ambiente Peruano. "O evento visa fortalecer a atuação articulada de redes e organizações da sociedade ao redor dos temas desmatamento, mudanças climáticas e sustentabilidade amazônica na COP 20”, diz Guimarães.

O Encontro começa no dia 06 de agosto e abre com duas conferências logo pela manhã. A primeira sobre o futuro climático da Amazônia, com Antônio Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) e logo a seguir Yolanda Kakabadse, da WWF, apresenta o estudo "Agenda Segurança Amazônica (ASA)", liderado pela Global Canopy Programme (GCP) e International Centre for Tropical Agriculture (CIAT), financiado pela Alliance Climate and Development (CDKN), que fala sobre seguridade amazônica frente aos desafios da mudança climática. Na parte da tarde serão realizados dois painéis, um sobre megaprojetos de infraestrutura na Amazônia e outro sobre as ameaças e oportunidades para a conservação frente às mudanças climáticas.

No segundo dia do evento o destaque é para o ministro do Meio Ambiente peruano, Manuel Pulgar-Vidal, que vai encabeçar uma conferência sobre soluções e estratégias de política pública para a Amazônia dentro do contexto da COP20. Na parte da tarde serão realizados painéis sobre o tema que separados em grupos de trabalho vão elaborar um plano de ação e uma carta conjunta.

Em paralelo ao Encontro, como um evento associado a esse, o WWF/LAI e a ARA estão organizando uma oficina de capacitação para jornalistas que pretendem cobrir a CoP em Lima esse ano. O workshop trará especialistas e jornalistas experientes para auxiliar os profissionais da imprensa que têm um papel fundamental na difusão da informação e na interlocução entre a sociedade e os governos mundiais.
 

As inscrições para o III Encontro Pan-Amazônico estão abertas e podem ser feitas através do sitewww.araamazonia.org ou pelo e-mail direto suscripcion@araamazonia.org.
 
O evento
O terceiro Encontro Pan-Amazônico será na cidade de Lima, no Peru, e é uma iniciativa da Articulación Regional Amazónica (ARA). As primeiras edições do evento ocorreram em Belém do Pará em parceria com o Fórum Amazônia Sustentável e reuniu cerca de 350 para discutir sustentabilidade na Amazônia, novas economias, o impacto das megainfraestruturas no bioma, entre outros. O evento é co-organizado pelo Ministério do Meio Ambiente do Peru, pela Iniciativa Amazônia Viva do WWF e pelo CDKN (Climate and Development Knowledge Network), mas segundo Sérgio Guimarães, secretário executivo da ARA Regional, o encontro é resultado da articulação de diversas redes ambientais e aliados estratégicos como Fundação AVINA; Fundação Skoll; Fundo Vale; USAID/ICAA; RAISG; Fórum Amazônia Sustentável; COICA; RAMA; ALER;  Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e a Plataforma Latinoamericana de Cambio Climático, entre outras.

A ARA
A Articulação Regional Amazônica (ARA) é uma rede cujo principal objetivo é a conservação e uso sustentável dos ecossistemas amazônicos, bem como sua diversidade biológica e cultural promovendo o bem estar de seus habitantes. É uma rede Pan-amazônica composta por 51 instituições e pessoas que formam redes nacionais (ARA Nacional). A Rede ARA é patrocinada pela Fundação Vale, Avina e Skoll Fundation.

Contato:
Email: jornalismo@forestcom.com.br

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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