terça-feira, 14/05/2024
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Intercâmbio Técnico Brasil Bolívia reúne técnicos para discutir sanidade animal

Uma reunião de Intercâmbio Técnico Brasil-Bolívia será realizada nesta terça-feira, (17.11), às 14 horas, (horário brasileiro de verão), na província de San Matias – Bolivia, (80 Km de Cáceres-MT), com a participação de técnicos dos Serviços de Defesa Sanitária Animal dos dois países, para avaliar os índices das etapas anteriores e os procedimentos de execução do Programa de Erradicação da Febre Aftosa e dar início ao processo de vacinação. O Estado de Mato Grosso vai participar e apresentará a execução do Programa de Erradicação da Febre Aftosa, desenvolvido pelos técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) que tem como proposta combater a febre aftosa e manter a sanidade do rebanho mato-grossense na fronteira com a Bolívia.

Representantes da Famato, Fefa, Indea e Ministério da Agricultura farão a entrega de 50 mil doses da vacina contra febre aftosa doados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, (Famato), pelo Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), e pelo Governo Federal para o Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária e Alimentar da Bolívia (Senasag), na província de San Matías, na Bolívia, região de fronteira com Mato Grosso, e depois a comitiva se desloca para uma fazenda próxima a cidade para começar a campanha de vacinação. Há 16 anos que essa doação é feita sem interrupção, desde 1993. A região possui um rebanho de 500 mil cabeças de bovinos e bubalinos, sendo que 180 mil estão nas propriedades na região de San Matias, na Bolívia. Nos 15 quilômetros de fronteira entre Brasil e Bolívia, estão cadastradas 279 propriedades rurais no Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT).

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, Neldo Egon, o Indea-MT continuará atento à região de fronteira do Estado, porque nestas localidades é imprescindível manter a segurança e impedir que o rebanho mato-grossense seja contaminado com a febre aftosa. Mato Grosso está há 13 anos sem nenhuma ocorrência do foco da doença. “A Bolívia ainda não foi reconhecida como área livre da febre aftosa, os rebanhos das regiões que compreendem os municípios localizados num raio de 15 quilômetros da fronteira, continuam a ser imunizados três vezes ao ano contra a doença, e é importante mantermos as doações ”, assegurou.

Segundo Decio Coutinho, presidente do Instituto de Defesa Agropecuária, (Indea), a doação é feita com o objetivo de dar apoio aos pecuaristas bolivianos e ajudar de forma mais eficaz no combate e erradicação da febre aftosa, principalmente na zona de alta vigilância daquele País. “A preocupação com a sanidade animal nesta região que faz fronteira com o Brasil fez com que entidades do setor rural de Mato Grosso e governo desencadeassem ações para garantir a imunidade do rebanho”, e enfatizou que o Brasil vem contribuindo sistematicamente com a Bolívia no combate à febre aftosa, tanto no fornecimento de vacinas como na capacitação de pessoal, por se tratar de uma ação estratégica de combate e erradicação da doença na região até 2010.

Zeca D’Ávila presidente do Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), reforçou o compromisso do Fundo Emergencial e demais entidades representativas dos produtores rurais de Mato Grosso, em desenvolver esse trabalho de doação das vacinas com os produtores bolivianos no combate a aftosa na região para atender os criadores bolivianos na fronteira.do nosso Estado garantimos a sanidade animal do gado dos dois países. “Nossa meta é garantir a imunização de 100% do rebanho da província. Precisamos estar atentos, pois o vírus não tem nacionalidade e não respeita fronteiras”, afirmou

A maior concentração de rebanho bovino na Zona de Alta Vigilância boliviana está na região denominada Chiquitania, envolvendo os Departamentos de Santa Cruz, Beni e Pando. A faixa fronteiriça do Brasil com a Bolívia é de 3,16 mil km, envolvendo os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre e Rondônia. Nessas áreas limítrofes, existe um plano emergencial previamente acordado de reforçar as ações conjuntas de fiscalização. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). em parceria com os serviços estaduais de defesa agropecuária ampliaram o número de fiscais agropecuários nessa região, através de barreiras fixas e móveis.

Desde 1997, quando o Plano foi firmado, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), Indea e Mapa fazem a doação para a Federação de Ganaderos de Santa Cruz (Fegasacruz) e para a Associação de Criadores de Gado de San Matias (Agasan), e já foram entregues aproximadamente 800 mil doses da vacina. A ação apresenta resultados positivos naquele país. Em 2003, toda a região de San Matias foi reconhecida pela Organização Internacional de Sanidade Animal (OIE) como área livre de aftosa com vacinação.

Novembro é o mês da campanha de Vacinação da Febre Aftosa para todo o rebanho de 26 milhões de bovinos e bubalinos de Mato Grosso, que teve início no dia primeiro de novembro com o encerramento no próximo dia 30. Os produtores rurais do Estado terão até o dia 10 de dezembro para comunicar a vacinação contra a febre aftosa às unidades do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT). Na região do Pantanal a vacinação segue até 15 de dezembro, em virtude do período de chuvas e as longas distâncias que dificultam a locomoção nas propriedades e o comunicado deverá ser feito até o dia 18 de dezembro de 2009.

A comunicação da vacinação deve ser encaminhada aos escritórios regionais do Indea, e a não vacinação no período estabelecido pode motivar a probabilidade da reintrodução da doença no Estado. A não vacinação no período previsto gera um efeito punitivo e de acordo com a lei vigente a multa é 2,25 em UPF, (R$ 31,99), por cabeça de gado não vacinado, n valor é de R$ 71,98, além da suspensão no movimento das fichas sanitárias dos inadimplentes junto aos escritórios do Indea-MT.

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Parmenas Alt
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