terça-feira, 14/05/2024
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Jaime quer apurar verdade sobre desmatamento

Em discurso veemente,o senador Jaime Campos considerou que após a divulgação do estudo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso, que confronta os números do Inpe que serviram de base para a elaboração do decreto federal 6.321, que reduziu a zero a atividade extrativista no norte do Estado, “está moralmente sepultado”.

Para ele, o Ministério do Meio Ambiente deve suspender os efeitos da medida enquanto não seja restabelecida a verdade. “Uma grande suspeita paira hoje sobre os números do Inpe, e eles não podem servir de pretexto para a estagnação de nossa economia”, reagiu.

Jaime também atacou a política fundiária do governo federal, que desapropria grandes áreas mas não oferece apoio técnico aos assentados. Ele responsabiliza diretamente o Incra por não oferecer condições adequadas para os pequenos produtores.

Isso leva ao desmatamento desordenado e a queimadas irregulares de florestas. “Não quero responsabilizar os lavradores pelo caos, porque eles são vítimas da falta de planejamento do governo federal na ocupação das terras da União”.

Reconhecendo que a preservação é um tema importante, Jaime disse não ter dúvidas de que sua geração tem que conservar o bioma, sem degradar a dignidade humana daqueles que plantaram suas vidas na região amazônica. E foi mais enfático ao afirmar:
– Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio e professar uma nova ideologia, aquela que contempla a convivência harmônica entre o homem e o meio ambiente.

Neste sentido, o senador mato-grossense elogiou a última edição da revista Veja que, em reportagem de capa, denunciou que o desmate da Amazônia vem ocorrendo, sobretudo, pela ineficiência do governo que não fiscaliza a ação de grileiros que chegam a retirar 80% da madeira da região de forma criminosa. Segundo o periódico, as toras que são vendidas para o exterior, são legalizadas por meio de documentos forjados.

O parlamentar também voltou a criticar a operação “Arco de Fogo”, desencadeada pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança, que tem tratado empresários rurais como verdadeiros bandidos. “Até mesmo o Estado, que tanto necessita da produção do campo para manter estável a balança comercial da nação, agora começa a tratar os agricultores na ponta do coturno e na mira do fuzil”, estranhou.

Antes de concluir seu pronunciamento, o senador ainda leu o relatório da Sema/MT que desmonta os argumentos do Inpe sobre o desmatamento na Amazônia. Segundo ele, o estudo articulado pelo órgão estadual apurou que 89,4% das informações do instituto estão incorretas. E foi mais além informando que dos 612 pontos levantados pelo Inpe em Mato Grosso, 59% são de desmatamentos antigos, 17% não têm indícios de desmate, em 12% deles ocorreram incêndio e em apenas 10% existe comprovação de derrubadas recentes.

– Ora, estas informações do órgão ambiental mato-grossense colocam por terra todas as argumentações que justificaram a implantação do decreto 6.231, finalizou.

O raciocínio do senador Jaime Campos mereceu o elogio de seus colegas Mozarildo Cavalcanti (PTB/RR) e Mão Santa (PMDB/PI), que consideraram corajosa a postura do parlamentar democrata. “O Brasil precisa conhecer a realidade sobre as pessoas que vivem e sofrem na Amazônia”, resumiu Cavalcanti.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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