terça-feira, 14/05/2024
InícioCidadeMaioria dos prefeitos do Brasil não acreditam no retorno das aulas presenciais...

Maioria dos prefeitos do Brasil não acreditam no retorno das aulas presenciais em 2020

Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios – CNM revelou que 70,4% dos prefeitos mato-grossenses não acreditam na possibilidade de retomada das aulas presenciais em 2020. A consulta realizada em setembro contou com a participação de 108 municípios do estado. O objetivo era retratar os desafios das gestões municipais e as ações educacionais realizadas durante a pandemia, assim como as medidas que estão sendo pensadas para a retomada das atividades presenciais e garantia do ano letivo.

De acordo com a pesquisa, 89 municípios ainda não possuem data definida para reabertura das escolas da rede municipal. Quase todos os gestores (98,1%) afirmaram que estão sendo oferecidas atividades pedagógicas não-presenciais aos estudantes, tanto da educação infantil quanto do ensino fundamental.

Do total de cidades que estão adotaram o ensino remoto, 105 (99,1%) têm distribuído materiais impressos, com estratégias diversificadas aliadas a outros tipos de atividades por meio de recursos digitais, como aulas gravadas, plataformas de ensino, televisão, rádio e aplicativos.

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, Neurilan Fraga, ressaltou que desde o início da pandemia a entidade está orientando os prefeitos para o retorno seguro das aulas. “O retorno das atividades escolares é uma grande preocupação dos prefeitos e, por isso, o assunto vem sendo amplamente discutido com representantes das outras esferas de governo, entidades representativas de classes, especialistas e outras autoridades”, lembrou.

“A nossa posição sempre foi de que a retomada das atividades presenciais só deve ocorrer quando o poder público for capaz de oferecer segurança sanitária não só à comunidade escolar, mas também às famílias. O resultado da pesquisa só reforça a postura cautelosa dos gestores com a saúde da população”, avaliou.

O levantamento também revelou que a formação de docentes como ação fundamental para o alcance dos objetivos educacionais vem sendo realizada em 73,6% dos municípios entrevistados.

O aporte financeiro para as ações de caráter excepcional tem sido a principal preocupação dos atuais gestores, que afirmam que o mínimo de 25% dos recursos vinculados à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) já está comprometido.

Além dos investimentos em ações emergenciais para continuidade das atividades pedagógicas não-presenciais e da alimentação dos alunos, o orçamento das prefeituras também precisa comportar a adequação e preparação das escolas de acordo com os protocolos sanitários.

Nos municípios pesquisados, apenas para aquisição de EPIs aos alunos, a projeção dos custos é de cerca de R$ 37,1 milhões, somente para as redes municipais, além de todos os demais custos relacionados à adaptação das escolas para atender aos protocolos para a retomada das aulas.

Planejamento

Os planos de contingência, elaborados de forma articulada entre as áreas da Educação e da Saúde para o retorno das aulas presenciais, são pré-requisitos necessários para que as atividades sejam retomadas de forma segura, sem que isso contribua para o aumento dos riscos de disseminação do novo coronavírus.

Em Mato Grosso, 79 municípios afirmaram já possuir um plano de retorno às aulas pronto ou em elaboração, e 76 já estabeleceram um comitê ou colegiado interdisciplinar para definição das ações conjuntas e de articulação no processo de elaboração dos planos.

Clique AQUI, entre na comunidade de WhatsApp do Altnotícias e receba notícias em tempo real. Siga-nos nas nossas redes sociais!
Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
RELATED ARTICLES

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Please enter your comment!
Digite seu nome aqui

um + 17 =

- Publicidade -

Mais Visitadas

Comentários Recentes