terça-feira, 14/05/2024
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Mato-Grosso e Pará ainda lideram o desmatamento na Amazônia

O desmatamento atingiu 102 km² de florestas da Amazônia Legal em outubro, segundo o relatório do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O número representa uma queda de 81% em relação ao mês de outubro do ano passado, quando o desmatamento somou 529 km².

O desmatamento acumulado no período de agosto a outubro de 2008, correspondendo aos três primeiros meses do calendário atual de desmatamento, totalizou 524 km². Em relação ao desmatamento ocorrido no mesmo período do ano anterior houve uma redução de 77%, quando o desmatamento somou 2.299 km².

O desmatamento foi maior no Pará (52%), seguido por Mato Grosso (36%), Rondônia (6%) e Amazonas (6%). Desde setembro de 2008, o SAD também registra a degradação florestal oriunda de áreas que sofreram intensa exploração madeireira e ou que sofreram fogo florestal de várias intensidades.

Em outubro de 2008, o SAD registrou 122 km² de florestas degradadas na Amazônia Legal. Desse total, 55% ocorreu no Pará, 40% em Mato Grosso, e 5% em Rondônia.

Não foi possível monitorar com o SAD 22% da Amazônia Legal devido a ocorrência de nuvens. A região não-mapeada corresponde a grande parte do Amapá (61% do Estado), e cerca de um terço da área do Acre, Roraima, Para e Amazonas e menos de 4% de Rondônia, Tocantins e Mato Grosso.

Além disso, a parte do Maranhão que integra a Amazônia não foi analisada. Foi detectado sobreposição de 8% de desmatamento entre os meses de agosto e setembro de 2008. Isso representa um erro na estimativa mensal do desmatamento do mês de setembro de 2008. Por essa razão, as estatísticas de setembro foram recalculadas após a correção do problema, o que não alterou as tendências e rankings de desmatamento no mês de setembro.

Geografia do desmatamento

No mês passado, o desmatamento ocorreu com mais intensidade na região da Terra do Meio e BR-163 (Estado do Pará), noroeste do Mato Grosso, norte de Rondônia e região sul do Amazonas. Do ponto de vista fundiário, a maioria (68%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou em diversos estágios de posse. O restante (17%) ocorreu em áreas de Assentamento de Reforma Agrária, 16% em Unidades de Conservação e somente 1% em Terras Indígenas.

Nos assentamentos de Reforma Agrária, o desmatamento detectado pelo SAD totalizou 17 km² durante o mês de outubro. Os Projetos de Assentamentos que mais desmataram foram: Nova Cotriguaçu (Cotriguaçu; Mato Grosso), Terra Nossa (Altamira; Pará) e Matupi (Manicoré; Mato Grosso).

O SAD registrou 16 km² de desmatamento nas Unidades de Conservação da Amazônia, o que representa 16% do total. A situação foi mais crítica na APA Triunfo do Xingu e na Flona do Jamanxim, ambas localizadas no Estado do Pará.

O desmatamento foi mais crítico nos municípios de São Félix do Xingu (14,2 km²), seguido de Altamira (9,7 km²) e Novo Progresso (6,7 km²). Esses três municípios localizados no Estado do Pará estão entre os municípios que nos últimos anos mais sofreram desmatamento na Amazônia.

Antonio Machado

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Parmenas Alt
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