segunda-feira, 10/06/2024
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Mato Grosso passa a realizar cirurgias de epilepsia complexas do lobo temporal

 Outras cirurgias para epilepsia também são sim importantes

Paciente com epilepsia complexas do lobo temporal já podem passar por cirurgia em Cuiabá. Acontece que Mato Grosso agora faz parte do grupo seleto de locais do Brasil que realiza esse procedimento para tratar epilepsia refratária.  “Para isso, não somente a estrutura hospitalar tem que ser de alta complexidade, mas os médicos envolvidos têm que ter treinamento específico para saber como operar epilepsia e como interpretar os sinais do cérebro em tempo real”, comenta o neurocirurgião Dr José Wesley Lemos dos Reis, que foi responsável pelo procedimento, junto com o neurocirurgião Dr Felipe Guardini e o neurofisiologista e epileptologista Dr Bruno Gumiero.

A primeira cirurgia do Mato Grosso foi realizada no Complexo Hospitalar de Cuiabá, em Cuiabá, onde um paciente teve todo o seu lobo temporal exposto e uma malha de eletrodos foi colocada na sua superfície e assim foi possível obter em tempo real a atividade do cérebro e definir qual região é que tem a atividade anormal. “Após essa identificação, inicia-se o processo de desconexão das estruturas e retirada da área doente. O interessante nesta cirurgia é que ela é realmente o que chamamos de funcional e não puramente anatômica. Não retiramos regiões por pura anatomia como é na cirurgia de esclerose mesial temporal, mas por dados elétricos. Por isso que esta cirurgia é chamada em uma livre tradução do inglês, como ressecção cerebral guiada por eletrocorticografia. Uma das coisas mais interessantes desta cirurgia não é somente o fato de a gente ter a atividade e a área anormal em tempo real, mas sim o fato de que depois que cirurgião a retira, a atividade anormal desaparece. Esse é considerado o objetivo cirúrgico mais importante”, comenta o neurocirurgião José Wesley.

Segundo ele,  as outras cirurgias para epilepsia também são sim importantes. E que as veses cirurgias mais simples podem trazer resultados muito bons. Mas, devido ao grau de especialização dos profissionais envolvidos e a estrutura hospitalar para realizar esta cirurgia em questão, podemos dizer que são poucos os locais no Brasil capazes de fazer este tipo específico, pois são necessárias condições muito restritas, como a investigação adequada do paciente por um neurologista especializado em epilepsia, que identifica previamente a cirurgia a possível zona de abordagem da cirurgia. Sem falar que durante a cirurgia deve se ter uma anestesia apropriada, neurocirurgiões habilitados para operar epilepsia e o neurofisiologista para monitorizar em tempo real o cérebro confirmando durante a cirurgia a extensão da área a ser ressecada, com menor grau de incapacidade ao paciente no pós operatório.

Sobre a evolução do (a) paciente, o neurocirurgião se restringe a dizer que ela está bem e que o resultado sobre sua epilepsia só veremos em meses ou anos, como é no mundo inteiro

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Parmenas Alt
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