Mato Grosso registrou no acumulado dos cinco primeiros meses o terceiro maior superávit do Brasil. Com US$ 5,3 bilhões de saldo da balança comercial, que é a diferença entre as exportações e importações no período, o estado ficou atrás de Minas Gerais, que registrou US$ 8,7 bilhões, e do Rio de Janeiro, com US$ 5,4 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Exterior (Mdic).
Para o economista Vitor Galesso, o superávit não é motivo de comemoração. Segundo ele, Mato Grosso tem tradicionalmente um saldo da balança expressivo. "Exportamos mais que importamos", explica. No entanto, ele aponta que a baixa representatividade nas compras de produtos do exterior indica que o estado não tem indústrias suficientes e que está perdendo competitividade no mercado. "Muitas empresas que deveriam estar em Mato Grosso foram para Goiás. A culpa disso é a alta taxa tributária imposta pelos governantes mato-grossenses".
Os dados do Mdic mostram ainda que as exportações aumentaram 43%, de US$ 4,1 bilhões para R$ 5,9 bilhões entre janeiro e maio. O algodão foi um dos produtos mais comercializados, com alta de 845%. Por outro lado, as importações reduziram 17% nos primeiros cinco meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de US$ 594 milhões para US$ 520 milhões. Neste período a compra de insumos agrícolas também diminuiu.
G1-MT
