domingo, 12/05/2024
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Novo mandato, muitos desafios municipalistas

&nbspO ano de 2017 est&aacute chegando e, com ele, muitas expectativas diante dos desafios que vir&atildeo pela frente. Contrapondo as responsabilidades que os novos gestores v&atildeo assumir, est&atildeo as receitas municipais oriundas de transfer&ecircncias constitucionais, que v&ecircm diminuindo constantemente. H&aacute falta de justi&ccedila da Uni&atildeo quando o assunto &eacute distribui&ccedil&atildeo de recursos aos munic&iacutepios.&nbsp

&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp &nbsp&Eacute preciso que os novos prefeitos fa&ccedilam planejamentos financeiros antes de selar qualquer compromisso, tendo em vista que a economia nacional pode mudar. &nbspSem qualquer previs&atildeo para os munic&iacutepios, registra-se a redu&ccedil&atildeo nos repasses dos governos federal e estadual. A crise econ&ocircmica e o inst&aacutevel momento pol&iacutetico s&atildeo fatores agravantes que preocupam os prefeitos eleitos e os reeleitos.

&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp No ano passado, por exemplo, recomendamos aos prefeitos que tomassem medidas de conten&ccedil&atildeo de gastos, reduzindo despesas com fornecedores, elimina&ccedil&atildeo de cargos DAS, cortes de di&aacuterias&nbsp e at&eacute mudan&ccedila de hor&aacuterio de expediente. Muitas prefeituras estabeleceram hor&aacuterio corrido de atendimento e fizeram os cortes necess&aacuterios no or&ccedilamento mensal.

&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp &nbspNo &uacuteltimo encontro realizado em Bras&iacutelia para os prefeitos eleitos e reeleitos, a Confedera&ccedil&atildeo Nacional dos Munic&iacutepios tamb&eacutem alertou os gestores para tomar muito cuidado ao aderirem a programas federais que hoje t&ecircm repasses incompat&iacuteveis com os custos reais. Lembramos que o subfinanciamento dos programas federais j&aacute vem onerando os cofres das prefeituras h&aacute muito tempo. S&atildeo muitos encargos com a educa&ccedil&atildeo b&aacutesica, creches, merenda e transporte escolar. Na educa&ccedil&atildeo, o governo aumentou o piso nacional do magist&eacuterio, mas reduziu os repasses.

&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp Os gestores enfrentam dificuldades financeiras e n&atildeo podem deixar de cumprir&nbsp com a folha de pagamento, as demandas da sa&uacutede, custeio da m&aacutequina e repasses dos duod&eacutecimos para as C&acircmaras municipais, al&eacutem dos investimentos necess&aacuterios em obras de infraestrutura nos munic&iacutepios.

&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp Salientamos que alguns programas estabelecidos pelo governo federal ainda t&ecircm repasses estipulados pelo contingente populacional, conforme o censo demogr&aacutefico do IBGE, divulgado a cada dez anos. Infelizmente o repasse de valores n&atildeo acompanha o mesmo quantitativo da popula&ccedil&atildeo a cada ano.&nbsp

&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp Diante dos planos de ajuste fiscal do governo federal e tamb&eacutem dos estados, a desacelera&ccedil&atildeo econ&ocircmica atingiu as transfer&ecircncias constitucionais. Muitos munic&iacutepios j&aacute estavam em dificuldades financeiras antes mesmo da crise se agravar, principalmente os de pequeno porte.

&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp Se comparado aos anos anteriores, o FPM, como principal fonte de receita, sofreu quedas sucessivas. &nbspConforme aponta relat&oacuterios da CNM, em 2015 a queda real foi de 2,33% e em 2016 os &iacutendices diminu&iacuteram mais ainda. A queda de valores est&aacute diretamente ligada &agrave arrecada&ccedil&atildeo nacional, pois o fundo &eacute composto do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados, sendo que estes n&atildeo tiveram o &nbspdesempenho esperado.

&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp Quanto aos Restos a Pagar da Uni&atildeo referentes aos empenhos de obras, se tornaram um desafio para os munic&iacutepios. Muitos gestores iniciaram suas obras e n&atildeo conseguiram concluir em tempo. Outro gargalo, s&atildeo as &nbspemendas parlamentares que tamb&eacutem apresentam demora na execu&ccedil&atildeo, com a falta de pagamento por parte do governo. Ainda h&aacute uma burocracia excessiva no processo de libera&ccedil&atildeo das emendas, al&eacutem de um longo intervalo entre a assinatura de conv&ecircnios e a presta&ccedil&atildeo de contas. Por isso os gestores devem receber as emendas antes de gastar. Por esta raz&atildeo a CNM defende a cria&ccedil&atildeo de um Fundo de Desenvolvimento Municipal com 1% da receita l&iacutequida da Uni&atildeo, para acabar com a verba para as emendas.

&nbsp&nbsp&nbsp Esperamos que 2017 seja promissor para as administra&ccedil&otildees p&uacuteblicas. O novo mandato certamente trar&aacute novos desafios, que dever&atildeo ser superados a cada dia com discernimento, criatividade e compromisso com uma gest&atildeo p&uacuteblica eficiente.

&nbsp&nbsp Desejamos sucesso aos prefeitos que assumir&atildeo os executivos municipais no dia 1&ordm de janeiro. Temos a convic&ccedil&atildeo de que far&atildeo o melhor para honrar o cargo e atender as demandas da popula&ccedil&atildeo. Que ao longo dos quatro anos continuem&nbsp unidos na defesa do fortalecimento do movimento&nbsp municipalista e ajudem a consolidar mais vit&oacuterias institucionais para os munic&iacutepios.

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Neurilan Fraga &ndash Presidente da Associa&ccedil&atildeo Mato-grossense dos Munic&iacutepios

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Parmenas Alt
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