domingo, 12/05/2024
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Operação Vulcano prende 18 e cumpre 48 mandados de busca e apreensão em MT

O último balanço da Polícia Federal aponta que dos 22 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal em decorrência da Operação Vulcano em Cáceres, 18 já foram cumpridos pela polícia. A última prisão aconteceu no Estado de São Paulo. Os suspeitos presos em Cuiabá prestaram depoimentos à polícia e foram encaminhados à Polícia Interestadual (Polinter).Os 48 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.

Todos os documentos e materiais apreendidos em outros estados serão encaminhados à capital e devem chegar na próxima semana, quando serão realizados os trabalhos de separação e análise do material. Os mandados de prisão temporária têm prazo de cinco dias e expiram nesta terça-feira (11). A assessoria da PF não soube informarar se haverá necessidade do pedido de renovação dos pedidos de prisão temporária.

A operação é considerada a maior operação conjunta da Receita Federal com a Polícia Federal este ano. Em todo o país, o número de prisões chega a 88, segundo informações do diretor-executivo em exercício da PF, delegado Rômulo Berrêdo. No total, a operação visa o cumprimento de 100 mandados de prisão e 220 de busca e apreensão em oito Estados.

Os envolvidos são acusados de terem cometido crime contra a ordem tributária, facilitação de contrabando e descaminho, corrupção ativa e passiva, crime contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. A operação contou com a participação de 280 funcionários da Receita Federal e 600 agentes da Polícia Federal.

Entre os mandados de prisão de todo o país, 20 são de funcionários da Receita Federal suspeitos de participar do esquema. Eles estão sendo investigados pelo Fisco. “Só podemos falar em funcionários culpados após o fim da investigação”, disse o subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Henrique Freitas da Silva.

Exportação fictícia

O esquema de sonegação de tributos e fraudes tributárias, segundo explicou a Receita Federal, envolveria a exportação fictícia de pneus e matérias-primas para a fabricação de cerveja, além de material de embalagem e da própria cerveja, para a Bolívia. A investigação durou um ano e meio antes de a operação ser deflagrada nesta sexta-feira.

De acordo com Henrique Freitas, da Receita Federal, os produtos eram transportados como se fossem para o mercado externo, mas, no meio do caminho, acabavam ficando no Brasil. Com isso, deixavam de pagar PIS e Cofins e ICMS, além de contarem com os benefícios das exportações. Deste modo, os produtos ficavam pelo menos 22% mais baratos do que os seus concorrentes. “Vamos entrar em contato com as autoridades bolivianas, porque há indícios de lavagem de dinheiro, uma vez que os produtos não eram recebidos na Bolívia”, disse Freitas.

Além do esquema da exportação, a Receita Federal e a PF também atuaram para desmontar um sistema de importação fraudulenta de produtos. Segundo os órgãos, um exportador da Bolívia, que atuava com produtos chineses e coreanos, por meio do subfaturamento de preços e informações incorretas (como o peso das mercadorias). “Eram empresas de fachada, que distribuíam para outras empresas, que, por sua vez, revendiam ao mercado. Muitas vezes diziam que os eram fabricados na Bolívia para obter as vantagens do Mercosul”, acrescentou Freitas, da Receita Federal.

TVCA

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Parmenas Alt
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