segunda-feira, 13/05/2024
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Pedro Taques avisa: novo secretário da Sema será escolha Forte

O governador eleito de Mato Grosso, Pedro Taques (PDT), reuniu-se com representantes do setor de base florestal associados ao Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e os deputados federal e estadual, respectivamente, Nilson Leitão (PSDB) e Dilmar Dal’Bosco (DEM). O objetivo foi o de acalmar o segmento quanto à expectativa em relação ao nome do novo gestor da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e a algumas questões de ordem jurídica que têm travado o setor. Apesar de não revelar o nome do futuro secretário o futuro chefe do Executivo pediu que os empresários florestais ‘confiem em sua escolha’.

 

Sem citar o nome do escolhido, o que garante fazer em breve, Taques, afirmou apenas que a Sema precisa de algo ‘forte’. “Peço que confiem em mim porque precisamos trazer pessoas que possam fazer interlocução entre o ambiental e o econômico a fim de que o Estado cresça”, garantiu. O gestor governamental informou ainda que tem preocupação com o setor e com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), pois entende que ambos são importantes para o desenvolvimento de Mato Grosso.

 

Contudo, alertou que ‘tem o direito de errar’, mas a caneta estará sempre em sua mão para fazer as trocas necessárias. Ele prometeu ainda ter uma linha aberta com o setor e que estará em constante atenção quanto à Sefaz e à Sema. “Temos um projeto de Estado que vai pensar estrategicamente para que Mato Grosso tenha melhores escolas e saúde e, para isso, precisaremos de dinheiro, mas com segurança jurídica. Assim, esse projeto leva em conta o desenvolvimento econômico. Por isso, precisamos do setor forte”, destacou.

 

Paulo Seelend, presidente do Fundo de Apoio à Madeira (Famad), falou em nome presidente do Cipem, Geraldo Bento – que está na Bélgica participando de evento florestal – e elencou os demais problemas pelos quais passa o setor. Entre eles: a questão do alto número de taxas ambientais e a legislação que não é pautada na realidade do segmento e acabam se tornando entraves ao crescimento industrial.

 

O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado do Mato Grosso (Sindusmad), Gleisson Tagliari, lembrou que o setor é um dos que mais traz recursos ao Estado e que 100% do que a indústria recebe, fica em Mato Grosso, Entretanto, nos últimos oito anos a base florestal está sendo deixada de lado. Agora com este novo governo o setor está ‘confiante’ de que as coisas vão melhorar.

 

“Não queremos indicar o nome, mas garantir que a pessoa que ocupar a gestão da Sema tenha não só o perfil técnico, tem que ser conciliador para que, junto com seus adjuntos, possa agregar potencial à Secretaria e que seja alguém com poder de polícia para que a corrupção não mais ocorra e o órgão fique mais eficiente”, solicitou Tagliari.

 

O representante da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), José Eduardo Pinto, lembrou as dificuldades que a base florestal enfrenta com a Sefaz e que a instalação da Sema Virtual vai ajudar a minimizar as reanálises de processos dentro do órgão. O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Médio Norte de Mato Grosso (Sindinorte), Claudinei Melo de Freitas salientou que, dentre as dificuldades com a Sefaz está a pauta da madeira, que é aumentada porque a Secretaria acha que o empresário cresceu, quando na verdade ele está se contendo para esse crescimento. Na verdade o setor está diminuindo já que o empresário está com medo de crescer pelo fato de não haver um imposto intermediário entre os impostos. Isso o obriga a conter os investimentos porque, se crescer e ter que pagar imposto de grande empresa, o empresário ‘quebra’.

 

Outros assuntos como a implementação do Programa de Desenvolvimento Florestal Sustentável (PDFS) de Mato Grosso e a manutenção da lei 3233 de 2008, que garante que o reflorestador plante e colha com tranquilidade jurídica, também foram elencadas pelo grupo para apreciação e atenção do novo governador.

 

Diante dessas considerações Leitão solicitou urgência numa reunião entre o setor e o escolhido para o cargo assim que seja definido para que o setor possa dirimir os entraves e gargalos que assolam a base florestal em Mato Grosso de forma ordenada. Dessa forma, o novo governo já começa em alinhamento com uma das bases produtivas do Estado que representa a quarta economia.

 

Dal’Bosco gostou da reunião e disse que o melhor é que Taques garantiu que vai cuidar do setor que atualmente é tratado com uma visão distorcida de seu trabalho quando, ao contrário, trabalha na legalidade e gera emprego e renda. “O que falta ao desenvolvimento do setor de base florestal é a tranquilidade para trabalhar”, comentou.

 

Participaram da reunião também: Flávio Moreira (representando o Sindicato dos Madeireiros de Sorriso – Simas); Paulo Seelend (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Médio Norte de Mato Grosso – Sindinorte); Sidnei Belincanta (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado do Mato Grosso – Sindusmad); Fernando Zafonato (Sindicato das Indústrias de Base Florestal – Sindiflora); Eleandro Kremer (Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso – Simenorte) e o diretor executivo do Cipem, Álvaro Leite.

 

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Parmenas Alt
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