quarta-feira, 15/05/2024
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PF com metade dos presos na Operação Navalha já estão em Brasília

O avião iniciou na quinta uma viagem pelo Nordeste para recolher os presos da Região. Aqueles de outros Estados serão levados para Brasília em vôos de carreira. Todos devem estar na capital federal até esta sexta-feira, conforme determinou a ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon.

Ainda de acordo com a PF, o transporte de parte do material apreendido será feito posteriormente. Entre os bens há dinheiro, jóias e pelo menos dez carros de luxo.

Justiça nega prisão de governador

A ministra do STJ Eliana Calmon, no entanto, negou o pedido de prisão preventiva do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), feito pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza na noite de quinta-feira. Ela entendeu que não havia elementos suficientes para decretar a prisão do governador.

A prisão foi requisitada pois as investigações da operação apontavam indícios de envolvimento de Lago. No relatório em que a ministra determina o início da operação, o nome de Lago teria sido citado pelo menos dez vezes. Em nota divulgada na quinta, a Procuradoria-Geral da República informou que o “Ministério Público Federal, no prazo legal, apresentará denúncia ao STJ para dar início à respectiva ação penal, tendo em vista o envolvimento nos crimes de agentes públicos submetidos à jurisdição da referida Corte Superior”.

Já para o deputado distrital Pedro Passos (PMDB), a decisão foi diferente. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiu na noite de quinta-feira ele cumprirá prisão domiciliar até que os parlamentares decidam pelo relaxamento.

R$ 45,2 milhões

Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, a construtora Guatama, sediada em Salvador (BA) – que de acordo com a PF é suspeita de envolvimento no esquema por operar uma organização criminosa infiltrada no Governo Federal, em governos estaduais e municipais -, recebeu R$ 45,2 milhões em repasses diretos da Controladoria Geral da União (CGU) entre janeiro de 2004 e março de 2007.

Para a PF, a empresa gerenciava o esquema direcionando verbas públicas para obras de interesse da quadrilha.

A operação

Cerca de 400 policiais federais foram mobilizados nos Estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo e no Distrito Federal para cumprir 48 mandados de prisão e 84 de busca e apreensão, decretados pela ministra Eliana Calmon do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Desde o início das investigações, em novembro de 2006, os policiais federais constataram a atividade de uma organização criminosa cujo objetivo principal era a obtenção de lucros através da execução de obras públicas, organizada e estruturada para a prática de variados delitos, como fraudes em licitações, corrupção passiva e ativa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes de igual gravidade.

No nível federal a quadrilha teria desviado recursos do Ministério de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades e do Planejamento; no nível estadual as fraudes ocorreram nos estados de Alagoas, Maranhão, Sergipe, Piauí e ainda no Distrito Federal. Já no nível municipal estavam envolvidas autoridades das cidades de Camaçari (BA) e Sinop (MT).

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Parmenas Alt
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