quinta-feira, 16/05/2024
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Riva defende que Governo esteja mais presente nos municípios

 

Nos últimos dois anos, o Governo do Estado esteve ausente dos municípios, na avaliação do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD). Para 2013, o parlamentar defende que o Poder Executivo Estadual se aproxime das cidades, promovendo investimentos nas áreas essenciais como saúde e infraestrutura.

 

Nesta semana, o Jornal A Gazeta publica todos os dias, entrevistas com políticos do Estado. Na edição desta quinta-feira (27), Riva avalia o ano, faz projeções de Mato Grosso para o próximo ano e fala sobre as eleições estaduais em 2014.

 

Segundo Riva, em função do momento atípico, que é a preparação para a Copa do Mundo de 2014, o Governo do Estado esteve distante dos municípios e é preciso mudar isso no próximo ano. “Antes de mais nada, o governador Silval Barbosa (PMDB) é muito bem intencionado e assumiu a gestão em uma situação diferente, pois tem o compromisso em relação a Copa do Mundo, que toma muito tempo. Os projetos foram consolidados e as obras estão em andamento, hoje com a complexidade que temos com licitação, pregão e mesmo com o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), é muito difícil colocar a intervenção na rua. Para isso, o chefe do executivo ficou um pouco ausente dos municípios fisicamente e com relação a investimentos”, argumentou.

 

Mesmo retornando oficialmente na semana passada ao Governo do Estado com a condução de secretarias, o Partido Social Democrático (PSD) continua defendendo a reforma administrativa.

 

“Na verdade, o PSD nunca deixou de apoiar o governo Silval Barbosa, particularmente, sempre fui a favor de uma ampla reforma administrativa, e acredito ser fundamental para o Estado. Mas, não temos meio termo, sempre colocamos nossa posição nos momentos de discussão. Temos que ser realistas, o governo precisa melhorar, o chefe do executivo tem essa consciência, o PSD também. A partir daí, se todos se atentarem a isso, vamos trabalhar juntos para mudar o cenário. É preciso compartilhar mais, pois o desgaste de um governo atinge todos os partidos da base. Não é apenas na questão dos cargos que ocupa, a responsabilidade não se limita nas pastas que a legenda comanda. Com certeza, nas indicações que o PSD está fazendo, os gestores farão a diferença”, explicou.

 

Confira a íntegra da entrevista feita pelo jornalista Marcos Lemos:

 

A Gazeta – O senhor, como político de expressão regional e no quinto mandato de deputado estadual, é avaliado como candidato a um cargo majoritário. Em 2014, disputará o Governo do Estado ou Senado Federal?

Riva – Na verdade, tenho falado isso com muita frequência. É lógico que cinco mandatos de deputado me deram experiência, aprendi a transitar politicamente em todas as estâncias de governo, inclusive em Brasília. A eleição é em 2014 e temos o costume de dizer que em política nada é definitivo, mas se a disputa fosse hoje, não seria candidato, pois é uma decisão pessoal de me aposentar na política. Novas lideranças vão surgindo e 26 anos de mandato é algo muito considerável e acho que é chegada a hora de pensar em outros projetos. Não tenho essa definição hoje por uma candidatura de Governo, mas fico lisonjeado quando sou apontado por muitos como, potencial candidato e da nossa força principalmente no interior.

A Gazeta – Apesar desta decisão pessoal, o seu grupo político defende que o senhor dispute as eleições para o Governo. Quais as possibilidades de mudar de opinião e existe a chance de ser candidato novamente a deputado estadual?

Riva – Particularmente, antes de discutir com o partido, preciso pensar no aspecto familiar, na qualidade de vida, e no que é uma disputa de governo que não é tão simples assim, o cidadão precisa estar preparado não apenas politicamente, mas especialmente estruturalmente. Brinco que se tiver bem fisicamente, mentalmente, sexualmente, financeiramente, psicologicamente, politicamente e juridicamente, posso ser candidato. Essa é a realidade, não se pode ser candidato a governador apenas avaliando a questão política, é uma série de questões. Porém, tenho consciência que estaria apto a ser candidato, vou continuar enfrentando essa batalha jurídica, tenho todas as condições de me sair bem nela, mas é uma coisa que tem que ser muito bem pensada. Se as eleições fossem hoje, não seria candidato.

A Gazeta – Por várias vezes o senhor foi proporcionalmente o deputado estadual mais votado do Brasil. Isto não o estimula a continuar seu trabalho como parlamentar estadual, já que sua atuação tem feito com que a população o aprove?

Riva – Apesar de ter sido proporcionalmente o deputado estadual mais votado do país por três vezes seguidas, e nas últimas eleições fiquei em segundo lugar por questão de décimos, acho que já cumpri com o meu papel no legislativo, é o momento de abrir espaço para novas lideranças e não tenho mais pretensão de ser candidato a deputado estadual. Em que pese o Poder Legislativo ser muito atrativo para mim, pois gosto desta discussão em plenário, dessas articulações políticas, mas é a hora de repensar.

A Gazeta – Sua atuação na Assembleia Legislativa o colocou sempre à frente dos cargos de presidente ou 1º secretário. Isto incomoda alguns adversários políticos declarados. Como o senhor espera conduzir eventualmente esses desentendimentos numa eleição majoritária?

Riva – Antes de mais nada, na política, costumo dizer que quem não conquista adversário é porque não tem posição. Sempre tive atitude e assumi meus posicionamentos, o que é raro atualmente no cenário político. Quando tive que assumir os problemas da Assembleia Legislativa, enfrentei vários no começo. Pensei até em renunciar a primeira-secretaria no primeiro mandato quando vi o tamanho do problema. Depois, achei que deveria encarar e assim o fiz, e hoje enfrento problemas jurídicos em função disso, mas o Poder Legislativo hoje é de muita credibilidade, a sociedade respeita e reconhece. Não conquistei inimizade na política, nem em Juara, em que pesem todas as disputas eleitorais, não tenho um único inimigo. Não tenho pretensão em disputar o Governo, mas caso venha a concorrer, não tenho dificuldade de conversar com nenhum partido, pois acho que essa questão de excluir e vetar siglas não pega bem na política, sou adepto ao diálogo porque os interesses de Estado estão acima das pessoais.

A Gazeta – Esta semana marcou oficialmente o retorno do PSD ao Governo do Estado com a condução de secretarias, inclusive com a nomeação do vice-governador Chico Daltro na pasta de Cidades. Como será a relação com o Poder Executivo após estar na gestão, deixá-la e agora retornar?

Riva – Na verdade, o PSD nunca deixou de apoiar o governo Silval Barbosa (PMDB), particularmente, sempre fui a favor de uma ampla reforma administrativa, e acredito ser fundamental para o Estado. Mas, não temos meio termo, sempre colocamos nossa posição nos momentos de discussão. Temos que ser realistas, o governo precisa melhorar, o chefe do executivo tem essa consciência, o PSD também. A partir daí, se todos se atentarem a isso, vamos trabalhar juntos para mudar o cenário. É preciso compartilhar mais, pois o desgaste de um governo atinge todos os partidos da base. Não é apenas na questão dos cargos que ocupa, a responsabilidade não se limita nas pastas que a legenda comanda. Com certeza, nas indicações que o PSD fizer, com certeza os gestores farão a diferença. Nesses últimos dois anos, o governo esteve muito ausente dos municípios e é preciso mudar isso.

A Gazeta – A questão central dos Núcleos Sistêmicos seria a mudança mais importante que o PSD defende para a gestão do governador Silval Barbosa?

Riva – Ela é uma das que nós acreditamos ser necessário modificar, pois ela limita o titular da pasta, impede que o mesmo tenha condições de trabalhar e maleabilidade para atender as demandas da secretaria, que são demandas do próprio governo. A concepção dos Núcleos Sistêmicos não é de toda ruim, mas se demonstrou ineficiente e sem propósito, por isso acredito que seria de bom alvitre para o governador mandar rever a atuação dos mesmos ou extingui-los, sob pena de comprometer ainda mais sua administração.

A Gazeta – Como o senhor avalia o atual governo. Acredita que Silval Barbosa será um bom cabo eleitoral para o candidato que apoiar a sua sucessão?

Riva – Antes de mais nada, o governador é muito bem intencionado e assumiu a gestão em um momento atípico, pois tem o compromisso em relação a Copa do Mundo, que toma muito tempo. Os projetos foram consolidados e as obras estão em andamento, hoje com a complexidade que temos com licitação, pregão e mesmo com o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), é muito difícil colocar a intervenção na rua. Para isso, o chefe do executivo ficou um pouco ausente dos municípios fisicamente e com relação a investimentos. Precisamos melhorar na saúde, estradas, mas temos muitos projetos pela frente e que me dão a certeza de que o governador vai fechar a gestão com chave de ouro. O MT Integrado é uma realidade, assim como o VLT e a construção de pontes para os municípios serão grandes diferenciais. 2013 será muito melhor, os dois últimos anos foi de muito sacrifício para todos, mas temos todas as condições de ter um Estado mais presente.

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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