domingo, 12/05/2024
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Rússia avança no leste em meio ao enfraquecimento da contraofensiva ucraniana

Ministério da Defesa do Reino Unido avaliou que as tropas do grupo mercenário Wagner controlam quase toda a região de Soledar

Após meses de impasse e da Ucrânia ter conquistado algumas vitória em cima da Rússia, as tropas de Vladimir Putin começaram a reagiar e reconstruíram sua defesa, principalmente no leste, onde o Exército ucraniano perdeu força na primeira semana do ano. Na segunda-feira, 9, a Rússia lançou uma ofensiva em Soledar, com objetivo de tomar a cidade, informaram as autoridades de Kiev. “Sejamos honestos, o Exército ucraniano está lutando bravamente por Bakhmut e Soledar. O subúrbio a oeste de Soledar está sendo palco de confrontos muito pesados e sangrentos”, disse Evguéni Prigojine, chefe do grupo paramilitar russo Wagner, no Telegram. “As Forças Armadas ucranianas defendem com honra o território de Soledar. Os relatos de deserções em massa em suas fileiras não correspondem à realidade”, acrescentou.

De acordo com blogueiros militares e avaliação do Ministério da Defesa do Reino Unido, as tropas do grupo mercenário Wagner controlam quase toda a região de Soledar, que tem aproximadamente 10 mil habitantes e é famosa por sua mina de sal. Denis Puchiline, líder dos separatistas da região de Donestk — cuja anexação é reivindicada por Moscou —, disse à televisão russa nesta terça que Soledar está “muito perto de ser liberada”. A cidade fica perto de Bakhmut, onde as tropas dos dois países se enfrentam. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, classifica a situação como “muitos difícil” ainda mais com ataques cada vez mais violentos. “Agradeço a todos os nossos soldados que protegem Bakhmut e a todos os combatentes em Soledar que resistem a novos ataques, ainda mais violentos, dos invasores”, disse Zelensky. “Tudo está completamente destruído… Soledar está repleta de corpos dos invasores e assustada com as explosões”, finalizou.

Desde setembro a Ucrânia tinha conseguido bons resultados no conflito: retomada de Kharkiv, Izium e Kherson e, apesar de não confirmarem a autoria, um bombardeio no leste ucraniano matou 89 soldados russos, todos reservistas. O combate, preste a completar onze vezes já tem um ritmo de bombardeio mais anemo em relação ao começo da guerra. E agora, o centro dos ataques tem sido a cidade de Bakhmut. As Forças Armadas de Kiev classificam o local como: um moedor de carne humana. As linhas de suprimento na região foram interrompidas. Apesar dessa recente derrota, a ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, se mostra confiante e esperançosa com o futuro da guerra. “Estamos avanaçando pouco a pouco, passo a passo”, escreveu no domingo no Telegram.Playvolume

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O ritmo mais lento do conflito e o impasse, que é mais favorável aos russos já que eles ganham tempo para reorganizar os 320 mil reservistas, tem explicação. Especialistas dizem que se relaciona com a densidade das forças russas no Donbass, a barreira natural do Rio Dnipro, no sul do país, que impede o avanço ucraniano, a necessidade da Ucrânia de conservar e reconstituir suas forças depois de uma série de batalhas e o clima de inverno, que tem apresentado dificuldades para ambos os lados e já era algo apontado como um desafio antes mesmo dele chegar.

guerra na Ucrânia

O ocidente segue ajudando a Ucrânia, e já se comprometeu em fornecer ajuda pelo tempo que for necessário, apesar dos russos dizerem que a entrega de armamento só vai prolongar o sofrimento ucraniano e não vai mudar em nada o curso da guerra. Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram uma nova ajuda militar para a Ucrânia, avaliada em mais de US$ 3 bilhões, com 50 blindados de Infantaria blindada Bradley e dezenas de outros veículos blindados. A Alemanha anunciou que fornecerá 40 veículos blindados leves “Marder” para Kiev, que servirão para transporte de tropas, e uma bateria de defesa antiaérea Patriot. A França anunciou que enviará carros de combate leves AMX-10 RC, mas não especificou quantos.

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, os países ocidentais que apoiam a ex-república soviética deram-lhe apoio financeiro e militar, especialmente com o fornecimento de canhões. Mas o presidente ucraniano não está satisfeito. Ele aponta que são necessário ao menos 300 novos tanques ocidentais. Tanto Ucrânia, que segue pedindo por ajuda, como o Ocidente que atende ao pedidos, sabem que não se deve desconfigurar da Rússia. Na terça-feira, 10, quando falava sobr euma possível derrota de Moscou, secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, declarou que “não se deve substimar a Rússia”. Putin, por sua vez, demonstrou interesse em voltar as negociações de paz, contudo, exige que a Ucrânia aceite suas exigências, sendo uma delas abrir mão de cerca de 20% de seu território, já que pede que as regiões que estão ocupadas sejam transferidas para a Rússia.

*Com informações  da AFP-JovemPan

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Parmenas Alt
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