terça-feira, 14/05/2024
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Senado dos EUA aprova resolução a favor de divisão do poder no Iraque

Com 75 votos a favor e 23 contra, a decisão representa o primeiro acordo entre os senadores sobre o Iraque após meses de discussão, embora seu efeito seja praticamente nulo na prática, já que este tipo de resolução não tenha caráter vinculativo.

Os republicanos, após introduzirem algumas emendas, votaram majoritariamente a favor da resolução.

O objetivo destas emendas era deixar claro que o presidente americano, George W. Bush, devia pressionar para que houvesse um novo sistema federal apenas no caso de a população iraquiana pedir isto.

Apesar disto, a decisão, embora seja improvável alterar a política externa da Administração Bush, destaca o esforço bipartidário do Congresso para conseguir um novo enfoque para o Iraque.

O senador de Delaware, o democrata Joseph Biden, que preside o Comitê de Relações Exteriores do Senado, sugeriu um acordo a favor da divisão de poder entre as regiões étnicas do Iraque, da mesma forma que foi estabelecido na Bósnia nos anos 90.

Biden é um dos principais defensores da resolução, junto com os senadores republicanos Sam Brownback (Kansas), Kay Bailey Hutchison (Texas), Arlen Specter (Pensilvânia) e Gordon Smith (Oregon).

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse que o Governo americano apóia um Governo federal no Iraque, em uma carta enviada ontem a Mitch McConnell, líder da minoria republicana no Senado.

Na carta, Rice disse que se trata de “um problema delicado” que a população iraquiana deve resolver sem pressa.

Esta é a primeira resolução nesta matéria que ultrapassou a casa dos 60 votos desde que o debate sobre um novo projeto de lei sobre política externa começou em setembro.

Na semana passada foram rechaçadas três propostas democratas que faziam referência a um recuo “responsável” do Iraque.

Entenda o conflito no Iraque

Os EUA invadiram o Iraque em 20 de março de 2003 com a justificativa de que o regime, controlado na época por Saddam Hussein, possuía armas de destruição em massa.

A ação não teve apoio do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), mas o governo de George W. Bush conseguiu aliados importantes na Europa como o ex-premiê britânico, Tony Blair, e os primeiros-ministros da Itália, Silvio Berlusconi, e da Espanha, José Maria Aznar. Desde então tropas lideradas pelos EUA ocupam o país.

O presidente iraquiano, Saddam Hussein, foi deposto e fugiu. Tropas dos EUA o encontraram em 2004. Seu julgamento foi marcado pelo assassinato de três advogados de defesa, a troca do juiz-chefe e sucessivos adiamentos e interrupções. Ele foi condenado a forca por crimes contra a humanidade por um júri iraquiano. Saddam foi executado em 30 de dezembro de 2006.

Desde o começo da ocupação, o Iraque entrou em um processo de convulsão social. As diferentes etnias iraquianas – curdos, xiitas e sunitas – lutam entre si e contra os invasores. O governo do premiê Nouri al-Maliki tenta contemplar essas lideranças em uma coalizão.

Até hoje, cerca de 79 mil iraquianos morreram na invasão. As tropas dos EUA perderam mais de 3 mil homens desde o começo da ação. Atualmente 160 mil soldados norte-americanos estão no país e 30 mil devem voltar para casa

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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