“Só um milagre salvará a agricultura em Mato Grosso. Outra solução seria a conclusão do corredor da exportação, a BR-163”. Essa é a avaliação do presidente do Sindicato Rural de Sinop (503 quilômetros ao Norte de Cuiabá), Antônio Galvan, sobre os resultados do estudo encomendado pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), que revelam a possibilidade concreta de uma retração de 1,5 milhão de hectares (ha) na área cultivada com soja, ocasionando redução de até R$ 6,3 bilhões no volume da produção, ou seja, cifras que deixarão de circular em decorrência da queda na área plantada.
Galvan acredita que a redução de área plantada em Sinop ficará acima do índice estimando para o Estado — cerca de 20% –, em razão de custos mais elevados na região para a sojicultura e pela falta de crédito financeiro dos produtores. “Aqui vai ser muito pior, comparando com o cenário estadual, já que ainda não se encontrou uma forma de viabilizar o crédito para o plantio”, revela.
O presidente do sindicato ressalta que mesmo com o início da safra se aproximando — com início previsto para meados de setembro — grande parte dos sojicultores não conseguiu viabilizar recursos e estão “presos” nos cadastros com os bancos e empresas compradoras de soja.
Bruno Garcia
Sinop
