O recem eleito Deputado Estadual Wilson Santos, que está em Manaus (AM) até o fim de semana, disse que não existe a possibilidade de ele desistir do legislativo neste momento. “Fui eleito como deputado estadual e vou assumir a cadeira no dia 1º de fevereiro do próximo ano. Não houve convite, e mesmo se houvesse, não iria aceitar o posto”.
Ele avalia que será muito mais útil ao governo dentro do legislativo, do que assumindo uma secretaria de Taques. “Quero ajudar o governador Pedro Taques da melhor forma e dar tudo de mim, baseado na experiência de 30 anos que tenho com a política”.
Questionado sobre um suposto receio por parte da população, devido à época em que desistiu da gestão da prefeitura de Cuiabá para concorrer ao cargo de governador, em 2010, Wilson disse que já foi perdoado, após ser eleito para assumir o legislativo. “Fui julgado, punido e recentemente absolvido [pela população]. Não tenho interesse na secretaria e acredito que serei muito mais útil e eficiente no legislativo do que no executivo, para garantir que o governador eleito tenha aprovado o máximo de matérias importantes que ajudem a sociedade mato-grossense”.
Mesa Diretora
Ainda em entrevista, o deputado eleito destacou que não é candidato à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (AL) e que vai votar no candidato que assumir o compromisso da moralidade dentro da Casa, dentro de alguns requisitos. “Vou votar no parlamentar que transpareça a movimentação financeira da Assembleia periodicamente, entre 2 ou 3 vezes por ano”.
Além disso, ele frisou que vai apoiar o fim da reeleição dentro do legislativo, para o cargo de presidente e primeiro secretário, e também a redução do mandato de dois para um ano. “Tem que acabar com a reeleição dentro do legislativo, com as tradicionais ‘dobradinhas’ na Casa. Também proponho que reduza o mandato da Mesa para um ano”.
Para finalizar, Wilson disse que vai defender a redução significativa do duodécimo da AL. Para ele, o alto valor disponível que chega a R$ 400 milhões por ano, é desnecessário para o legislativo. “Deve haver a redução significativa deste orçamento no legislativo, pois a Casa não precisa de tanto. Boa parte deste valor pode ser muito mais proveitoso pelo executivo”, finalizou.