Desde a volta de Luiz Felipe Scolari, as lembranças de conquistas da primeira passagem do técnico no Palmeiras tem sido um alento para o torcedor. A vitória e o modo como ela ocorreu na última quinta-feira levaram o técnico a também recordar da época de glória no Palestra Itália.
“Lembrou um pouco o passado, sim. Vencer o Vitória por 3 a 0 pouca gente acreditava. Vimos os torcedores vibrando, voltando a acreditar. Temos que resgatar isso que havia sido deixado de lado por nós e pela torcida”, afirmou o técnico, após o time garantir a vaga para as oitavas de final da Copa Sul-Americana. “Hoje vieram 22 mil. Queremos trazer 25 mil, 30 mil para os jogos”, completou.
A classificação diante dos baianos veio apenas nos instantes finais da partida. Em uma cobrança de falta, Marcos Assunção fez o terceiro gol da equipe aos 43 minutos do segundo tempo. “Antes do jogo, eu perguntei: quantas faltas você precisava para fazer o gol? Ele respondeu: duas. E foi na segunda que saiu”, contou um bem humorado Felipão.
Apesar da felicidade pela classificação, o técnico fez questão de lembrar da primeira partida contra o Vitória, quando o time foi derrotado por 2 a 0. “A lição que fica é que nós apanhamos do Vitória e feio. Depois daquilo, tivemos que tomar algumas posições com os atletas. Eles entenderam que daquela forma seriamos ridicularizados até o fim do ano”, afirmou.
Desde que retornou ao Palmeiras, Felipão tem encontrado dificuldades para acertar o time. A primeira vitória aconteceu apenas no último sábado, diante do Atlético-PR, pelo Campeonato Brasileiro. Até agora, ele comandou a equipe em oito jogos, venceu dois, perdeu outros dois e empatou quatro. Mesmo com o retrospecto ainda irregular, o treinador é ovacionado pela torcida antes das partidas. Foi assim quinta-feira no Pacaembu.
“Agora que venceu, fico um pouco mais tranquilo. Já dá até para sair para jantar com a família em um restaurante. Era uma coisa que a gente não vinha fazendo, porque ficava difícil”, disse, se referindo às cobranças dos torcedores. “Mas ainda tem dois anos e meio de contrato para cumprir. Tem muita coisa para acontecer”, concluiu o comandante palmeirense.