O promotor de Justiça e ex-secretário de Segurança de MT, Mauro Zaque, após a veiculação do escândalo dos grampos, no Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (14), emitiu nota explico suas razões para a denúncia.
Zaque disse que, enquanto secretário, ao tomar conhecimento da existência de supostos grampos, promoveu checagem e constatou que, realmente, autoridades, autônomos, advogados e políticos poderiam estar sendo vítimas do que chamou de esquema criminoso.
O promotor argumentou que, com provas do escândalo, levou ao conhecimento do governador em outubro de 2015 e pediu que os envolvidos fossem exonerados de seus cargos, saliento que estariam envolvidos em situação criminosa gravíssima, "longe de ser uma extorsão".
"Ao perceber que o governador não iria exonerar tais pessoas, decidi deixar o governo e retornar ao Ministério Público". Zaque garantiu que não investigou ou denunciou ninguém, mas que apenas encaminhou o caso ao conhecimento do procurador geral da República para que fosse tomadas as providências cabíveis.
O promotor classificou a situação como "rasteira, covarde e criminosa", que constitui atentado contra toda a sociedade. "Devem ser investigados [os atos] em sua plenitude, e seus autores responsabilizados com rigor", avalia. Zaque encerra a nota para imprensa afirmo ser este um "momento sombrio que manchará para sempre a história de MT".
Zaque acrescentou que "se a gente permite esse tipo de coisa acontecendo, acaba com gente estirada na rua como víamos na época do Arcanjo. A gente não pode aceitar isso, é um abuso, não interessa contra quem seja feito", disse.
O escândalo dos grampos veio à tona na semana passada, quo vazou na imprensa local, a chegada de uma equipe do Fantástico em Cuiabá, para apurar denúncia de escutas clestinas. No mesmo dia, o secretário da Casa Civil, Paulo Taques, pediu exoneração do cargo, argumento que passaria a advogar para o governador neste caso.
RepórterMT