quinta-feira, 23/05/2024
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A partir de amanhã dia 07 de fevereiro, a montagem Trono de Sangue entra em cena

espetáculo Trono de Sangue com Samantha Dalsoglio e Luis Melo

A partir do dia 07 de fevereiro (segunda), a montagem Trono de Sangue – Macbeth, dirigida por Antunes Filho, em 1992, integra o acervo digital das Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC, na plataforma Sesc Digital. Já no dia 09 de fevereiro (quarta), às 19h, no canal YouTube do CPT_SESC, acontece o debate on-line com os protagonistas do espetáculo, Luis Melo (Macbeth) e Samantha Dalsoglio (Lady Macbeth), e mediação de Germano Melo, que também integrou o elenco, para compartilharem as memórias sobre o processo de criação, os bastidores e suas experiências. A apresentação é de Fabricio Ribeiro, Historiador e Pesquisador de Acervo do Sesc Memórias. 

Adaptado do clássico Macbeth, de William Shakespeare, a peça recebeu o título Trono de Sangue, em referência ao filme Trono Manchado de Sangue (1957), do diretor Akira Kurosawa, cuja obra também influenciou os elementos plásticos da encenação, como cenários e figurinos, criados por J.C. Serroni (cenógrafo e figurinista) e Romero de Andrade Lima (artista plástico), respectivamente. 

A narrativa enfoca a luta pelo poder, a ambição desmedida e o mal que corrompe e destrói a alma humana, retratada na história de dois generais de Duncan (Rei da Escócia), Macbeth e Banquo, que, ao retornarem de uma batalha vitoriosa contra rebeldes, encontram três bruxas, que profetizam que Macbeth se tornaria rei e Banquo seria pai de reis.  

Estimulado pela profecia e instigado pela ambição de sua esposa, Lady Macbeth, Macbeth assassina o rei Duncan e é coroado rei da Escócia, dando sequência a uma série de outros assassinatos, como o de Banquo. Porém, o preço de seu reinado é uma vida atormentada por culpas, desequilíbrio e pelos fantasmas de suas vítimas até ser morto por Macduff, cuja família também teria sido assassinada por ele.  

Uma tragédia trazida para o cenário político brasileiro 

Ao trabalhar a tragédia shakespeareana, Antunes Filho levou mais uma vez ao palco o tema da Sinergia do Mal que acomete a alma humana, mas, particularmente, fez uma provocação sobre o cenário político brasileiro, com denúncias de corrupção envolvendo o então presidente da República, Fernando Collor de Mello – que renunciou por exigência da sociedade civil que foi às ruas manifestar, publicamente, pelo seu impeachment. 

“Refletir criticamente no espetáculo sobre o momento histórico vivido é coisa recorrente da obra de Antunes. Mas, dessa vez, agregava à reflexão em torno do momento histórico a Sinergia do Mal, como o fizera em Nova Velha Estória. E concluía outra vez pela impossibilidade de eliminar o mal, enfatizando a necessidade de colocá-lo em seu devido lugar. Responde, assim, à falta de ética dos governantes, mas no plano da arte, da criação estética, não do panfleto”, comentou Sebastião Milaré, no livro Antunes Filho, Poeta da Cena – editado pelas Edições Sesc. 

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Parmenas Alt
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