quinta-feira, 16/05/2024
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Aftosa: meta é vacinar 100% do rebanho bovino em Mato-Grosso

No período de 1 a 30 de novembro acontecerá a última e mais importante etapa da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Febre Aftosa deste ano de 2009. O lançamento oficial aconteceu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso e contou com a participação do presidente da Federação, Rui Prado, do vice-presidente Normando Corral (presidente do Senar-AR/MT), dos diretores Eduardo Alves Ferreira Neto (diretor-tesoureiro) e Valdir Correa (diretor-secretário), do presidente do Indea, Décio Coutinho, do superintendente de Agricultura em Mato Grosso Franncisco Costa, do presidente do Fefa, Zeca D”Ávila, do presidente da Ovinomat, Antônio Carlos Carvalho de Sousa, além de representantes de Acrismat, Acrimat, APR e produtores rurais

A meta para esta etapa é vacinar 100% do rebanho bovino e bubalino do estado, ou seja, mais de 26 milhões de animais. “Esta etapa inclui animais de todas as idades, por isso, é fundamental que o produtor rural mais uma vez cumpra o seu papel e vacine seu rebanho. Além disso, é com base nesses dados que é feita a contagem do rebanho bovino do estado”, destacou Décio Coutinho.

Para a Famato, a responsabilidade em relação à sanidade animal no estado é de todos. “É muito importante que todos, governo e iniciativa privada, façam a sua parte neste trabalho. A pecuária é um dos pilares da economia de Mato Grosso e precisa se manter forte e saudável, por isso a aftosa não é uma preocupação apenas do produtor, mas sim de todos os segmentos”, disse Rui Prado.

Para que esta meta seja alcançada, governo e entidades trabalharão em parceria. “Os produtores de Mato Grosso estão conscientes em relação à importância da vacinação. A Famato e os sindicatos rurais do estado estão empenhados e atuando junto aos produtores sobre a necessidade da vacinação”. Nós estamos há mais de 13 anos sem registro de ocorrência da doença e tenho certeza que, com o esforço de todos, nós vamos continuar mantendo a doença longe do nosso rebanho e garantir ao estado o status de livre de aftosa sem vacinação”, disse Eduardo Alves Ferreira Neto.

A comunicação da vacinação deve ser encaminhada aos escritórios regionais do Indea até o dia 10 de dezembro de 2009. Para a região do Pantanal o período é diferenciado. A vacinação deve ser feita de 1 a 15 de dezembro e a comunicação até o dia 23 de dezembro.

A comercialização da vacina já foi liberada pelo Indea atendendo a solicitação da Famato.

Mato Grosso sem aftosa

Desde o ano de l996, o estado de Mato Grosso não registra ocorrência de febre aftosa em seu território. Isso se deve à atenção de entidades, governo e produtores rurais quanto à imunização do rebanho bovino e bubalino, hoje de 26,2 milhões de cabeças, o maior do Brasil.

Ao longo dos anos, a Famato, os sindicatos rurais, o Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), extinto recentemente, em parceria com órgãos governamentais, desenvolvem um grande trabalho de conscientização e apoio aos produtores, que gradativamente elevaram os índices de imunização do rebanho, chegando ao número recorde de 99,72% de imunização.

Na etapa de novembro de 2008, a vacinação atingiu o índice de 99,66% de cobertura vacinal, uma abrangência de 25,93 milhões de bovinos imunizados de um total de 26,02 milhões de cabeças existentes no estado. Já na etapa de maio deste ano, o índice de vacinação subiu para 99,72% do rebanho bovino e bubalino com até 24 meses.

A partir deste ano, Mato Grosso passou a realizar apenas duas etapas de vacinação: em maio para animais de 0 a 24 meses e em novembro para animais de todas as idades. A etapa que era realizada em fevereiro foi eliminada. Somente os cerca de 80 mil cabeças de bovinos presentes ao longo da área de fronteira com a Bolívia continuam sendo vacinados também em fevereiro. Isso abrange as propriedades que estão na faixa de 15 quilômetros da fronteira com a Bolívia, consideradas de instabilidade e vulnerabilidade sanitária para o gado brasileiro. A Bolívia ainda não foi reconhecida como país com área livre da aftosa sem vacinação, por isso Mato Grosso precisa manter a imunização em todos os bovinos e bubalinos de 0 a 12 meses, três vezes ao ano contra a doença.

Além de cuidar da vacinação em território mato-grossense, as entidades e o governo passaram a desenvolver ações para garantir a vacinação também na Bolívia, país com grande extensão de fronteira seca com Mato Grosso. Só para a etapa de novembro de 2008, Famato e Fefa doaram 50 mil doses da vacina para produtores bolivianos da faixa de fronteira.

Febre aftosa

A febre aftosa é uma enfermidade altamente contagiosa, que afeta gado bovino, búfalos, caprinos, ovinos, cervídeos, suínos e outros animais que possuem cascos fendidos. Também afeta elefantes, camelos, lhamas, ratos e capivaras. Não afeta equídeos (cavalos, asnos, mulas e bardotos). Os seres humanos raramente são infectados pelo vírus. Caracteriza-se pela formação de vesículas (bolhas) e úlceras (erosões) na mucosa oral e nasal, na teta e entre os cascos.

A enfermidade é causada por um vírus que se dissemina rapidamente pelo meio ambiente, através do contato com objetos (ferramentas, botas, veículos, ar e água.) e animais infectados.

O animal afetado apresenta febre alta que diminui após dois a três dias. Em seguida aparecem pequenas vesículas na mucosa da boca, laringe e narinas e na pele que circunda os cascos.

Essas vesículas são pequenas bolhas resultantes de células afetadas pela multiplicação dos vírus. O animal passa a salivar, deixa de andar e de comer e emagrece rapidamente. A taxa de morbidade dos animais expostos ao vírus é extremamente alta.

Os animais que se curam tornam-se portadores convalescentes assintomáticos e colocam em risco novamente o rebanho após a perda da imunidade por nascimento ou por compra de animais suscetíveis à doença.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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