quinta-feira, 23/05/2024
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Brasil está maduro para ter meta de inflação mais baixa, diz ex-ministro

A decisão de elevar a táxa básica de juros em 0,75 ponto, anunciada na noite desta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, coloca a taxa básica de juros da economia novamente no patamar de dois dígitos. Esta situação deve se manter por mais tempo para que a inflação brasileira não saia do controle, na avaliação do ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, da Consultoria Tendências.

“O Brasil já tem maturidade suficiente para começar a perseguir uma meta de inflação mais baixa“, afirmou Nóbrega ao G1. “A decisão do Banco Central é uma resposta ao super aquecimento da economia”.

Em 2010, o consumo das familias vai ultrapassar R$ 2 trilhões, estima Nóbrega. A taxa de dois dígitos, segundo ele, deverá ser mantida por pelo menos um ano para segurar a inflação dentro das metas do governo.

Entenda as metas de inflação
Desde 2003, o Banco Central persegue uma meta central de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo para o cumprimeiro da meta.

Para Mailson da Nóbrega, o processo de redução desse objetivo para a inflação deve começar “pelo menos até se alcançar a meta definida nos países emergentes comparáveis ao Brasil, que está hoje em 3%”, afirmou.

Revisão dos objetivos
As metas de inflação são definidas pelo Conselho Monetário Nacional, composto pelos ministros da Fazenda, Planejamento e pelo presidente do Banco Central. A decisão é tomada todo mês de junho, sempre para dois anos a frente. Portanto, este ano, o governo vai definir a meta a ser alcançada em 2012.

Nesta quarta-feira, o presidente Lula disse que fará qualquer coisa para controlar a inflação. Mesmo assim, Maílson não acredita em uma mudança na taxa a ser perseguida pelo BC daqui a dois anos.

“O governo atual tem uma propensão à tolerância com a inflação e isso vai influenciar na decisão para meta de 2012.”

Ainda que se leve mais tempo, Mailson da Nobrega defende que o processo de redução das metas comece agora.

“Uma meta de 4% ou 4,25% para 2012 já seria uma sinalização importante e um começo. O grande compromisso com a inflação é do Banco Central e ele tem cumprido bem suas tarefas. Por isso, já está preparado para perseguir uma inflação mais baixa para o Brasil”, diz.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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