terça-feira, 14/05/2024
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Brasileiro está na lista de pesquisadores mais citados do mundo

O ajuste fiscal proposto pelo governo federal cortou quase R$ 70 bilhões em investimentos para 2015. O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação [MCTI] sofreu redução de aproximadamente 25% do seu orçamento, já que a Lei Orçamentária Anual [LOA] previa R$ 7,3 bilhões, mas o repasse final será de R$ 5,4 bilhões. Outros ministérios, assim como o da Educação, contarão com recursos menores este ano.

A despeito da prioridade que não é dada à Ciência e Tecnologia no Brasil, independente do governo que se instale em Brasília, a pesquisa brasileira consegue alcançar destaque no cenário internacional. Olhar o campo científico como pouco estratégico para o desenvolvimento do país não impediu que Ernesto Rafael González, 77, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo [IQ/USP], na cidade de São Carlos, despontasse, mais uma vez, entre os pesquisadores mais citados do mundo.

Depois de um levantamento dos trabalhos publicados entre 2002 e 2012 na plataforma Web of Science, feito por uma consultoria especializada, quatro brasileiros apareceram na listagem dos 3.125 pesquisadores mais influentes do mundo: Alvaro Avezum, Paulo Artaxo, Adriano Nunes Nesi e Ernesto Gonzalez, que voltou, em 2014, a compor a lista dos cientistas de maior impacto. Além dele, outros quatro figuram na relação.

O que determina a inserção na lista dos pesquisadores mais influentes é a quantidade de citações que o cientista recebe em outros trabalhos. O número de menções é tido como um indicador de qualidade do pesquisador e do seu potencial como referência naquela área do conhecimento e linha de estudo.

Professor Titular da USP entre 1981 e 2008 e livre-docente desde 1976, Ernesto ingressou como docente na instituição em 1973, onde atua, hoje, como colaborador sênior. Doutor em Físico-Química pela Universidade de Buenos Aires, em 1965, ele integra o Grupo de Eletroquímica, sendo sua principal área de atuação a conversão eletroquímica de energia. Além disso, é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq – Nível 1A.

O grupo de pesquisa do qual faz parte começou a se constituir em 1973, mesmo ano da Crise do Petróleo. Alguns dos objetivos são formar recursos humanos qualificados e desenvolver pesquisas relacionadas ao meio ambiente e à conversão eletroquímica de energia em células a combustível.

Se foi descoberto, no início da década de 70, que o petróleo não era um recurso renovável e, até por isso, o seu preço atingiu níveis altos, natural que se buscassem alternativas. Uma delas é a geração de energia por meio do hidrogênio. O principal processo para a obtenção desse gás é a eletrólise da água, procedimento caro. As pesquisas lideradas por Ernesto tiveram como meta reduzir o custo da quebra da molécula de água para o armazenamento do hidrogênio. Quando o álcool, especialmente no Brasil, foi posto como uma nova possibilidade de matriz energética, o pesquisador passou a dedicar seus estudos a esse novo combustível.

Ao longo de toda a carreira acadêmica, Ernesto possui 386 apresentações de trabalhos, 240 artigos publicados em periódicos nacionais e estrangeiros, dois livros e outros oito capítulos. São 50 bancas de mestrado e 59 de doutorado, além de 37 orientações de mestrado, 29 de doutorado e duas supervisões de pós-doc. http://www.revistafapematciencia.org/noticias/noticia.asp?id=746

 

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Parmenas Alt
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