quinta-feira, 23/05/2024
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Comando da PM investiga nova denúncia de espancamento praticado por policiais

O Serviço de Inteligência da Polícia Militar já ouviu testemunhas em um inquérito aberto no dia 12 de maio, que apura a conduta de três policiais militares da Rotam suspeitos de agredir um cidadão em Cuiabá. De acordo com a família, o motoboy Gelson Alexandre (30), teria sido agredido por três policiais militares da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam). As agressões teriam ocorrido no último dia 02 de maio, no bairro Jardim Santa Izabel, em Cuiabá.

Segundo informações da polícia, testemunhas teriam relatado que naquele dia, Gelson estava sob efeito de drogas e dizia que estava sendo perseguido. Acreditando nisso tentou pular o muro de uma casa e teria sofrido várias mordidas, nos pés e na cabeça, por três cachorros do local invadido. Ele ainda teria caído do telhado duas vezes.

Segundo comandante geral da PM, coronel Farias, as mesmas testemunhas disseram que houve violência por parte dos policiais. Entretanto, relataram que quando os militares chegaram ao local o motoboy já estava bastante debilitado, devido às várias tentativas de fuga cometida por ele, por acreditar que estava sendo perseguido.

O caso está sendo investigado pela polícia. Os policias estão afastados do policiamento ostensivo até a conclusão do inquérito que, posteriormente, será encaminhada à Justiça.

São vários os casos investigados pela polícia, onde há suspeitas de conduta irregular de policiais. Alguns exemplos são o da perseguição e tiros disparados contra o carro de um advogado no ano passado, e o caso do serralheiro baleado em Várzea Grande.

OAB acompanha o caso

As informações repassadas à Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/MT pela família é que o motoboy está internado na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Santa Helena, em Cuiabá, onde foi constatado a perda de um rim e o fígado. Os motivos teriam sido o espancamento. Um cabo e três soldados estariam na viatura RT 11 que abordou e prendeu Gelson Alexandre.

A mão do motoboy, dona Orlanda Goterra Alexandre foi quem conversou com a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, advogada Betsey Polistchuck de Miranda. A OAB já entrou com uma representação junto à 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, com pedido de processo penal para punição dos PMs.

A família relatou à Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso que, por volta das 19h30 do dia 2 de maio, o motoboy estava na Rua 13 de Maio, no bairro Santa Isabel em Cuiabá, em companhia de outras pessoas, quando avistou uma viatura da Rotam. Por ser usuário de drogas, Gelson Alexandre saiu correndo e não obedeceu a ordem dos PMs para parar.

Segundo ainda a mãe do motoboy, quando está sob efeito de drogas, Gelson Alexandre costuma ter visões e por isso teria fugido correndo, inclusive pulando um muro, buscando refúgio em uma residência.

De acordo com a mãe de Gerson, os policiais teriam invadido o imóvel e passaram a agredí-lo. Há relatos até de afogamento. Os policiais exigiam que ele desse conta de um revólver, mas a mãe do motoboy afirma que o filho não usa arma de fogo.

Orlanda Alexandre também disse que, após o espancamento e a prisão de Gelson, a viatura da Rotam ficou fazendo rondas pelo bairro Santa Isabel. A mãe acompanhou os deslocamentos com medo de que algo pior viesse a acontecer com o motoboy. Depois de algum tempo o motoboy Gelson teria sido levado para a Policlínica do Verdão e em seguida para o Cisc no mesmo bairro.

Segundo informaçõe, mesmo com cortes na cabeça e aparentando ter sofrido agresssões, Gelson Alexandre não foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para passar pelo exame de corpo de delito. Ela afirmou também que o filho não reagiu à prisão e não tem passagem pela Polícia.

TVCA

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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