terça-feira, 14/05/2024
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Cuba afirma na ONU que medidas de abertura de Obama são insuficientes

O governo de Cuba considera “insuficiente e de alcance muito limitado” a suspensão das restrições às viagens e as remessas dos americanos a seus familiares à ilha adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou nesta terça-feira (15) a Missão de Havana na ONU.

A delegação cubana assegurou que “a ofensiva midiática e diplomática desdobrada pelo governo dos EUA poderia induzir alguns, erroneamente, à crença de que o bloqueio começou a ser desmontado”.

As medidas adotadas por Washington “reparam em parte uma grave injustiça, mas são insuficientes e de alcance muito limitado, porque retornam à situação existente no plano das relações familiares em 2004, quando o bloqueio contra Cuba já estava em pleno vigor”, informou em comunicado a representação diplomática.

O fim dessas restrições americanas entrou em vigor no dia 3 de setembro, quando o Departamento do Tesouro americano emitiu novas normas que estipulam que os americanos com “familiares próximos” na ilha poderão visitar Cuba quando quiserem e permanecer no país pelo tempo desejado.

Além disso, poderão gastar até US$ 179 por dia e levar outros US$ 3 mil para entregar a seus parentes.

Cerca de 1,5 milhão de americanos têm família em Cuba.

Os residentes nos Estados Unidos também poderão enviar remessas a Cuba sem limites de quantidade ou frequência, desde que não seja a membros do Governo ou do Partido Comunista.

Em seu comunicado, a Missão de Cuba na ONU lembra que estas medidas não incluem a eliminação da proibição dos americanos sem parentes em Cuba de viajar à ilha.

Também assinala que a possibilidade criada por Washington de que empresas americanas de telecomunicação consigam maneiras de ampliar suas operações relacionadas com a ilha não é uma novidade, já que, diz, se ajustam ao marco legal que em 1992 autorizou este tipo de serviço.

A delegação cubana menciona no texto como um exemplo da vigência do embargo as recentes acusações do ex-presidente cubano Fidel Castro à empresa holandesa Philips de supostamente ceder às pressões dos EUA e descumprir seus compromissos de entrega de equipamentos médicos a Cuba e Venezuela.

Apesar do novo clima que Washington quer dar às relações com Havana, materializado em recentes contatos bilaterais, fontes diplomáticas cubanas disseram que continuam os preparativos para conseguir na Assembleia Geral da ONU, em outubro, o que seria a 18ª condenação do organismo mundial ao embargo americano.

g1

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Parmenas Alt
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